2011-12-16 13:32:30

Retirada acusação contra religiosa de venda de crianças


Colombo (RV) – Finalmente chegou a justiça para irmã Mary Elisa, das Missionárias da Caridade, detida nos últimos dias no Sri Lanka, acusada de adoções ilegais. Na manhã desta quinta-feira, o juiz Yvonne Fernando retirou as graves acusações contra a religiosa e também “aconselhou” a National Child Protection Authority (Ncpa) – que acusou as religiosas de Madre Teresa – de ter mais atenção nas futuras averiguações. Além disso, a oraganização (NCPA) deverá devolver à casa das Missionárias toda a documentação sequestrada na instituição com a prisão da irmã Eliza.

A religiosa tinha sido presa porque denunciada de “vender crianças” hóspedes num centro para mães solteiras de Rawathawatte (Moratuwa, Colombo), mantido pelas religiosas de Madre Teresa. O procurador Nevil Abeyratne, citado pela agência AsiaNews, declarou que a NCPA agiu “de maneira irresponsável” e manchou a imagem límpida das irmãs de Madre Teresa, que há anos servem a sociedade cingalesa.

Todo o episódio aparece ainda mais grave quando se considera que a partir de um telefonema anônimo, no último dia 23 de novembro, um grupo de pessoas liderado por Anoma Dissanayake, presidente da NCPA, rodeou e invadiu o centro das Missionárias, onde interrogou as moças presentes e tirou documentos e registros da casa. No dia 25 de novembro irmã Elisa foi presa, e solta depois de pagar fiança em 29 de novembro.

Para a Secretária executiva da Conferência das Superioras Maiores no Sri Lanka, Irmã Bernadette Fernando, o inquérito feito pela Justiça concluiu que todas as crianças que viviam no centro tinham sido adotadas de acordo com as leis do Estado. Em particular, as acusações se referiam a três casos de jovens menores: uma tinha sido levada até o centro pela Polícia, depois de ter sido estuprada por um primo; a segunda tinha sido enviada pelo Probation Office (organismo nacional de Assistência Social); a terceira é vítima do tsunami, sem qualquer parente no mundo. Durante todo o episódio, o Arcebispo de Colombo, Cardeal Malcolm Ranjith, levantou sua voz contra esta injustiça e proclamou um jejum e manifestações de protesto até as acusações fossem retiradas. (SP)







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