(16/12/2011) Ao recolherem, esta manhã, uma bandeira das Forças Armadas, as tropas
americanas marcaram o fim oficial da guerra no Iraque. Na cerimónia, em Bagdad, o
secretário da Defesa, Leon Panetta, disse que apesar dos custos (em mortos e dólares),
a missão "valeu a pena". No auge da guerra, as forças americanas totalizaram os
170 mil homens. Neste momento, apenas ali permanecem quatro mil, que vão regressar
a casa ao longo das próximas duas semanas. Um pequeno grupo de 200 homens ficará com
a missão de dar aconselhamento ao Exército iraquiano. A invasão do Iraque, operação
comandada pelos EUA, levou ao derrube do regime de Saddam Hussein e à guerra civil
que se seguiu…..;o país não está estável, nem do ponto de vista político nem militar.
Mais de 4500 soldados americanos e mais de cem mil iraquianos morreram na guerra
declarada pelo antigo Presidente republicano George W. Bush em Março de 2003. O conflito,
justificado pela posse de armas de destruição maciça por parte de Saddam Hussein,
foi bem recebido de início pelos americanos. Porém, à medida que os anos passavam
e sobretudo a partir do momento em que ficou claro que essas armas nunca existiram
- e que a guerra feita em nome do combate ao terrorismo pode não ter passado de uma
acto para derrubar Saddam Hussein -, a sociedade americana revoltou-se contra o conflito
que delapidou as finanças americanas (foi gasto um trilião de dólares) e provocou
tantas baixas. Os republicanos criticaram esta retirada dizendo que o Iraque não
tem estabilidade. Mas uma sondagem diz que 75% dos americanos apoiam o fim da presença
das suas tropas no Iraque.