2011-12-14 11:45:37

Terra, água e razões trabalhistas geram conflitos rurais no Brasil


Cidade do Vaticano (RV) - A Comissão Pastoral da Terra (CPT) divulgou segunda-feira, 12, os dados parciais referentes a conflitos no campo no país. Os números relativos a janeiro a setembro de 2011 indicam uma redução geral de conflitos na ordem de 12%: de 777 em 2010, para 686 em 2011. Todavia, a queda não esconde que a violência se mantém e firme, fazendo parte da estrutura agrária do país. Este número refere-se ao conjunto de conflitos que a CPT registra: por terra, por água e trabalhistas, no campo.

Individualizando cada categoria de conflito, os conflitos por terra se reduziram de 535, em 2010, para 439, em 2011. Os conflitos por água de 65, em 2010, declinaram para 29, em 2011. Já os conflitos trabalhistas, concretamente o trabalho escravo apresentou elevação. Em 2010, neste período, foram registradas 177 denúncias de trabalho escravo, em 2011 este número se elevou para 218.

Os assassinatos de trabalhadores, no período de janeiro a setembro de 2011, somam 17, 32% a menos que os assassinatos em igual período de 2010, 25. Como sempre a região Norte lidera, com 12 trabalhadores mortos, 9 só no Pará.

Até novembro o número de assassinatos registrados, em 2011, soma 23, enquanto em 2010 haviam sido 30.

Pelo menos 8 mortes estão diretamente relacionadas com a defesa do meio ambiente. Outras 4 se relacionam com comunidades originárias ou tradicionais: 2 mortes são de quilombolas e 2 de indígenas.

O que mais chama a atenção no período de janeiro a setembro é o trabalho escravo, que apresentou significativo crescimento no número de ocorrências. Foram registradas 177 denúncias em 2010, envolvendo 3.854 pessoas e no mesmo período em 2011 as ocorrências chegaram a 218, envolvendo 3.882 pessoas, 23% a mais no número de ocorrências.
O relatório completo se encontra no site www.cptnacional.org.br
(CM)








All the contents on this site are copyrighted ©.