2011-12-14 16:49:17

Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra apela à «cidadania plena»


(14/12/2011) Os “agentes privilegiados da vida coletiva” devem promover uma “luta sem tréguas” pelo bem de todos, defendeu a Comissão Justiça e Paz da diocese de Coimbra, numa mensagem intitulada ‘Natal: Estímulo para uma cidadania plena’.
A nota deste organismo chama à “utopia de um Natal vivido na verdade das relações, na sobriedade que se abre à solidariedade, na gratuidade da presença amiga, junto de familiares, de amigos e dos últimos da sociedade”.
O documento sublinha também que existem duas necessidades, “sem cuja satisfação”, não se pode viver: “De pão e de afeto”.
A nota da comissão realça que para responder “universalmente e reequilibrar entre si as respostas” a estas carências “não chegam as boas vontades e gestos individuais, nem sequer das várias iniciativas da chamada sociedade civil por mais meritórios que sejam”.
“É preciso que aqueles que gerem ‘o bem comum’, nos governos, na administração pública e nas empresas, nas escolas e na comunicação social, nos tribunais ou nas forças de segurança, trabalhem ativamente sobre as estruturas concretas que podem facilitar este processo”, pedem os membros deste organismo.
Neste tempo de Natal vive-se uma “crise real”, que mergulha “na pobreza e no desespero” e “transporta consigo uma profunda mudança de paradigma”.
Esta circunstância obriga a deixar “um desafio às comunidades cristãs”, visto que as pessoas sem se aperceberem “são levadas na grande ‘onda’ do modo comum de vida” que as rodeia, indica a mensagem.
A própria fé cristã, mesmo quando se “exprime no voluntarismo religioso, tantas vezes se deixa envolver pelo individualismo, pelo hedonismo, pelo consumismo”, lamenta o documento, que alerta: “A solidariedade, a caridade e a comunhão estão longe de ser práticas assimiladas na Igreja”, mesmo quando se partilha alguns bens.
Considerando o Natal como um tempo “de forte dinâmica”, a Comissão Justiça e Paz da diocese de Coimbra diz que os desafios lançados, “de modo especial aos crentes, não podem ficar-se pela sua dimensão intelectual, nem por gestos pontuais, mas devem atingir as próprias bases” em que assenta sociedade tão globalizada.
Nesta época natalícia, a nota deste organismo pede também para que desencadeiem “comportamentos individuais e comunitários de honestidade pública e privada no desempenho das funções de cada um” e se rejeite “qualquer colaboração nas várias formas de economia paralela e a combate-la por todos os meios legais e morais”.










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