2011-12-14 12:26:47

Bispos dos EUA denunciam recorde de deportações no governo Obama


Los Angeles (RV) - Um grupo de 33 bispos estadunidenses de origem hispânica exortou os imigrantes irregulares e não perderem a fé e a esperança, mesmo na ausência de uma reforma migratória.

Nos Estados Unidos, existem 12 milhões de estrangeiros sem visto de permanência. Em 2011, o governo do Presidente Barack Obama bateu o recorde de deportações: 397 mil pessoas tiveram que abandonar o país.

A administração garante que a maioria deles tinha antecedentes criminais, mas organizações que defendem os direitos dos imigrantes afirmam que de cada 10 expulsões, de seis a sete não representam uma ameaça séria para a segurança nacional.

Os Bispos recordam que muitos imigrantes irregulares fazem os trabalhos mais duros, recebem um baixo salário e não têm seguro de saúde, "mas ao invés de o Estado demonstrar gratidão, os trata como criminosos porque violaram a atual lei de imigração".

Na carta pastoral, os prelados declararam-se solidários com a dor das famílias que sofreram a deportação de algum membro e a frustração dos jovens que cresceram no país e tiveram seus sonhos truncados por seu status migratório, em referência a um projeto de lei para regularizar quem ingressou nos Estados Unidos com menos de 15 anos – projeto que não obteve os votos necessários no Senado.

"Todas estas situações clamam a Deus por uma solução digna e humana" – escrevem os Bispos, que se comprometeram a seguir trabalhando por uma lei migratória que respeite a união familiar e regularize os clandestinos.

Obama prometeu, durante a campanha de 2008, que impulsionaria uma reforma migratória, mas outros temas, como os das guerras no Iraque e no Afeganistão, a crise financeira e a reforma da saúde, adiaram esse compromisso.

Esses dados foram divulgados pela Conferência Episcopal dos Estados Unidos no dia 12, dia de Nossa Senhora de Guadalupe.
(BF)







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