Yangun (RV) – Os Bispos do Mianmar pediram um renovado compromisso das paróquias
na prevenção da Aids, além do cuidado das pessoas contaminadas. Numa carta pastoral
divulgada nos dias passados, por ocasião do Dia Mundial de luta contra a Aids, os
prelados pedem uma maior atenção para a pandemia no País que, de acordo com os dados
do UNAIDS, é aquele com a mais alta taxa de incidência de infecção no Sudeste asiático.
Objetivo da carta – explicou à agência católica Ucan, o presidente da rede católica
de Mianmar pelo Hiv/Aids, Dom Stephen Tjephe – é exatamente a de lembrar aos católicos
a gravidade do problema e a necessidade de trabalhar juntos para combatê-lo.
“Se
as nossas paróquias – lê-se no documento – se tornassem lugar de acolhida para as
pessoas aidéticas, onde poder obter o parecer de um médico, obter indicações sobre
onde realizar os testes e receber ajuda, com centros de informação capazes de oferecer
apoio moral e espiritual, poderíamos contribuir muito para deter a difusão da doença”.
Seus principais fatores são, de fato, a ignorância e a discriminação que as
pessoas contaminadas enfrentam: “O nosso povo não sabe quando realizar os testes,
muitos tem medo que alguém fique sabendo e, assim, decidem não realizá-los. Com o
resultado – sublinham os bispos – que não recebem a ajuda de que necessitam, aumentam
a difusão do vírus”.
Os números oficiais do governo de Yangun apontam que
entre 2008 e 2010 em Mianmar morreram em média 68 pessoas por dias com doenças relacionadas
com a Aids, sendo que os sujeitos mais a risco são os jovens entre os 16 e os 30 anos.
Como informa à agência católica Ucan a religiosa de Maryknoll, Mary Grenough, coordenadora
da rede católica do Mianmar contra a Aids, várias dioceses no País já iniciaram programa
educativos de prevenção, enquanto outras estão executando sérvios de assistência aos
doentes em seus lares. (SP)