Papa: "Conciliar economia com solidariedade, escutando a Palavra de Deus"
Cidade do Vaticano (RV) - Dentre os compromissos previstos na agenda do Pontífice
na manhã deste sábado, constava uma audiência com cerca de 80 membros de cooperativas
e bancos de crédito cooperativo italianos.
As cooperativas católicas têm origem
na Encíclica Rerum novarum de Leão XIII (que está completando 120 anos de promulgação)
e sua finalidade é dar sustento material à população, com atenção especial à família
e inspiração no Magistério da Igreja.
Com seu profissionalismo e empenho,
fazem com que a economia e o mercado se conjuguem sempre com a solidariedade. Favorecem
a formação de famílias que possam contar com um trabalho digno e respeitoso da Criação.
Valorizam o homem em sua inteireza, independentemente de raça, língua ou fé religiosa,
prestando simplesmente atenção em suas necessidades e capacidade de iniciativa.
A
maior característica destas cooperativas é a inspiração cristã que as orienta. Em
seu discurso à delegação, Bento XVI recordou a afirmação contida em sua Encíclica
Caritas in veritate:
“Reta intenção, transparência e busca de bons resultados
são compatíveis entre si e não devem jamais ser separados. Se o amor é inteligente,
sabe encontrar também os modos para agir segundo uma previdente e justa conveniência,
como significativamente indicam muitas experiências no campo do crédito cooperativo”.
Outro ponto ressaltado foi a contribuição no campo da evangelização, tão importante
nestes tempos de precariedade, poucos empregos e tantas mudanças. “É aí que a Igreja
sente o dever de anunciar a Mensagem de Cristo, com sua força de humanização e esperança
no futuro” - frisou.
Terminando seu discurso, Bento XVI lembrou que “para
o cristão, amar o próximo não é mera filantropia, mas expressão do amor de Deus, que
se funda no verdadeiro amor a Deus”. Portanto, “também no mundo financeiro e profissional,
para viver e transmitir amor e solidariedade, são fundamentais uma relação intensa
com Deus, uma escuta constante de sua Palavra e uma existência nutrida pela Eucaristia”.
(CM)