Santa Sé na OSCE: 200 milhões de cristãos discriminados no mundo
Vilnius (RV) - A Santa Sé pronunciou-se, através do Secretário das Relações
com os Estados, Dom Dominique Mamberti, na 18ª Reunião do Conselho Ministerial da
Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) realizada, em Vilnius,
na Lituânia.
O Arcebispo pediu, em nome da Santa Sé, uma maior atenção aos
migrantes, reiterou a defesa da liberdade religiosa, a tutela dos ciganos e a luta
contra o tráfico de seres humanos.
Dom Mamberti destacou que hoje o direito
à liberdade religiosa continua sendo violado e que pode haver mais de 200 milhões
de cristãos, de diferentes confissões, que estão em dificuldades por causa de estruturas
legais e culturais que provocam sua discriminação.
A Santa Sé aprecia as medidas
para reforçar a luta contra o tráfico ilícito de armas leves e de pequeno calibre
e para manter seguro o armazenamento de munições convencionais. Além disso, reconhece
os esforços da OSCE no âmbito da comunidade internacional a fim de combater a proliferação
de armas de destruição em massa e a promoção da segurança.
O Secretário das
Relações com os Estados elogiou os projetos intencionados a combater a ameaça de drogas
ilegais, mas se deteve, sobretudo, na necessidade de defender os direitos humanos
e a liberdade religiosa, que, embora proclamada repetidamente pela comunidade internacional
e nas Constituições da maioria dos Estados continua sendo amplamente violada.
Dom
Mamberti recordou a este propósito, o que foi dito pelo Papa em sua mensagem para
o Dia Mundial da Paz deste ano sobre os cristãos, considerado atualmente o grupo religioso
que sofre o maior número de perseguições por causa da fé.
O Arcebispo pediu
para que seja celebrado um dia internacional contra a perseguição e discriminação
dos cristãos a fim de sensibilizar os Governos. Dentre as preocupações da Santa Sé
estão também os imigrantes, sua posição na sociedade, seu papel econômico e o reagrupamento
familiar que influi na integração.
A esse respeito, Dom Mamberti destacou que
a Santa Sé apoia os Governos orientados ao bem comum, que promovem a participação
pública de todos os membros da sociedade, incluindo Igrejas, comunidades religiosas
e fiéis. (MJ)