Bento XVI destacou a relação filial com Deus no cristianismo, e convidou os católicos
a terem um «coração livre»
(7/12/2012) Na audiência geral desta quarta feira, Bento XVI prosseguiu a série de
catequeses que vem fazendo sobrNa audiência geral desta quarta feira, Bento XVI prosseguiu
a série de catequeses que vem fazendo sobre a oração, considerando o ensinamento e
o exemplo dados pelo próprio Jesus. Na sua exclamação de alegria, ilustrada pelos
evangelistas Mateus e Lucas, Jesus dá graças ao Pai porque Ele quis revelar o mistério
da salvação não aos sábios e entendidos, mas aos “pequeninos”.
“A lógica terrena,
segundo a qual os ricos e cultos, que possuem coisas importantes e as transmitem aos
pequenos e pobres” não é a lógica de Deus. A revelação divina não se realiza como
a lógica terrena. Pelo contrário – explicou o Papa – é o estilo ‘diferente’ de Jesus,
que acolhendo plenamente a vontade do Pai e compartilhando-a, faz dos pequeninos
os reais e primeiros destinatários da sua mensagem.
O versículo “Eu te louvo”
traduz uma palavra grega que significa reconhecimento e sintonia com o projeto de
Deus, que desde o início da Criação nos quis oferecer o seu amor. E é por isso que
nos enviou o seu Filho, o único que conhece o Pai, para nos fazer participantes .
Ao chamar Deus ‘Pai’, Jesus expressa certeza de ser o ‘Filho’. Este é o centro e a
fonte da sua oração.
O Papa explicou que o Senhor se encheu de alegria no
Espírito ao fazer esta oração; e nós também, repletos do Espírito Santo, podemos proclamar
“Abba!” e na oração do Pai Nosso, pedir que se faça a sua vontade, tanto no céu como
na terra, sabendo que nela, seguindo Cristo e acolhendo o seu jugo, está o nosso
consolo.
Na catequese desta quarta feira, na grande aula das audiências do
Vaticano, Bento XVI salientou que Cristo nos ensina como devemos rezar. Ele sabe
que sem a ajuda do Espírito Santo não somos capazes de rezar bem. E este período do
Advento exorta-nos à vigilância e à oração. Estas as palavras proferidos por
Bento XVI em língua portuguesa Queridos
irmãos e irmãs,
No início desta Audiência Geral, ouvistes ler o chamado
«Hino de Júbilo», no qual sobressai claramente a comunhão íntima e profunda de Jesus
com a vida e a vontade do Pai no Espírito Santo. Toda a oração de Jesus atesta a amorosa
adesão do seu coração de homem ao mistério da vontade do Pai. No referido hino, Ele
quer fazer comparticipantes do seu conhecimento filial, aqueles que o Pai assim decidiu,
ou seja, os «pequeninos». E que significa ser «pequenino»? Qual é a pequenez que abre
o homem à intimidade filial com Deus? No «sermão da montanha», Cristo diz que verão
a Deus os puros de coração. Sim! É a pureza de coração que permite reconhecer o rosto
de Deus em Jesus Cristo. Ser pequenino é ter o coração livre da presunção de quem
se fecha em si mesmo, pensando que não precisa de ninguém, nem mesmo de Deus; é ter
o coração simples como o das crianças. * * * A todos os presentes
de língua portuguesa, a minha grata saudação de boas-vindas a este nosso encontro,
que tem lugar na véspera da festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Sobre os
passos da vossa peregrinação terrena, vele carinhosa a Virgem Mãe para, com Ela e
como Ela, serdes os «pequeninos» de Deus e deste modo sairdes vencedores das ciladas
da serpente infernal. Como penhor dos favores do Alto para vós e vossos entes queridos,
dou-vos a minha Bênção.