A esperança não engana: 10 anos da Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau
Bafatá (RV) – "A esperança não engana." Este é o título da carta pastoral que
a Diocese de Bafatá, na Guiné-Bissau, lança esta terça-feira para celebrar seus 10
anos de fundação.
O bispo da Diocese, o brasileiro Dom Pedro Carlos Zilli,
recorda a criação, feita dez anos atrás, pelo Beato João Paulo II: "O caminho percorrido
pela Diocese de Bafatá, nos seus primeiros dez anos de existência, constituiu-se num
tempo 'custoso'. Várias foram as fadigas por nós vividas: umas por contingências da
história e outras pelas nossas próprias limitações. Entretanto, a virtude da Esperança
sempre iluminou o nosso itinerário diocesano na sua comunhão com a Diocese".
Na
carta, o bispo analisa vários aspectos que permeiam a vida eclesial e social da Diocese,
como a inculturação, os catequistas, a formação, a família, a juventude, as vocações,
a economia e o empenho social.
Todavia, destaca o caminho de esperança vivido
pela Igreja no país: "Grande tem sido o caminho de evangelização na Igreja na Guiné-Bissau.
Um caminho que, visto com maior profundidade, leva-nos a superar os eventuais cansaços
e renovar a nossa esperança que 'não engana'".
Dom Zilli recorda a visita
"ad Limina Apostolorum" da Conferencia Episcopal, ocasião em que Bento XVI disse que
a tarefa de favorecer o desenvolvimento harmonioso da sociedade reveste-se de particular
urgência na Guiné-Bissau, cuja população, no meio de não pequenas tensões e dilacerações,
aguarda ainda por um correto encaminhamento das estruturas políticas e administrativas.
"Nós,
como cristãos, somos convocados na primeira pessoa a trabalhar para este desenvolvimento
harmonioso da sociedade" – escreve o bispo
E cita o "grande dom" da Exortação
Apostólica Africae Munus, onde o Papa Bento diz que é preciso reavivar a nossa fé
e a nossa esperança, contribuindo assim para a construção duma África reconciliada.
"Que Nossa Senhora Assunta ao Céu nos cubra a todos com seu manto sagrado,
para que cresçamos cada vez mais na “comunhão na Igreja, família de Deus”. Que ela
nos ampare nos momentos de maior tribulação e faça crescer em nós a certeza de que
'a Esperança não engana'." (BF)