Santa Sé membro da Organização Internacional para as Migrações; uma «voz ética» perante
novas situações provocadas pela globalização
(5/12/2011) A Santa Sé tornou-se hoje membro da Organização Internacional para as
Migrações (OIM), com sede em Genebra, Suíça, após ter sido admitida pela assembleia
plenária do organismo. A OIM, nascida após a II Guerra Mundial, celebra em 2011
o seu 50.º aniversário, data que foi recordada por Bento XVI este domingo. “Confio
ao Senhor quantos, muitas vezes forçadamente, têm de deixar o seu próprio país ou
não têm nacionalidade. Ao encorajar a solidariedade para com eles, rezo por todos
os que se esforçam para proteger e assistir estes irmãos em situação de emergência,
expondo-se também a grandes fadigas e perigos”, disse o Papa. Em declarações à
Rádio Vaticano, o observador permanente da Santa Sé junto das instituições da ONU
sediadas em Genebra, D. Silvano Maria Tomasi, refere que a Santa Sé quer “estar presente
e participar nos esforços” da OIM, com uma “voz ética” que ajude a interpretar as
“novas situações”. “Neste momento, vemos no mundo um contínuo crescimento dos migrantes,
dos refugiados, de gente em movimento por várias razões”, constatou. A Santa Sé
integra agora, plenamente, a Organização Internacional para as Migrações, com o objetivo
de “sublinhar a sua participação neste fenómeno de enorme relevo e que, apesar da
crise económica, se prevê que continue a crescer”. D. Silvano Tomasi manifestou
o desejo de cooperação a “nível operativo”, através da rede de organizações católicos
que já estão “empenhadas no campo das migrações”.