Durban: franciscanos pedem mudança de mentalidade para salvar o planeta
Roma (RV) - Justiça ambiental: este termo atualmente em voga está dando a tônica
do encontro das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Durban, na África do Sul.
As autoridades políticas negociam segundo os próprios interesses. Já as organizações
internacionais pressionam a partir de outro ponto de vista, das pessoas afetadas pelo
aquecimento global.
A Igreja também olha com interesse para esta cúpula em
Durban. Como é o caso dos franciscanos, que dedicam à questão do meio ambiente grande
parte do seu trabalho.
O responsável por Justiça e Paz da Ordem dos Frades
Menores, Fr. José Rozansky, concedeu uma entrevista ao Programa Brasileiro. E mais
do que neste processo oficial entre os governos, Fr. Rozansky aposta numa mudança
de mentalidade dos cidadãos para reverter este quadro:
"Nós acreditamos que
as nossas ações estão ajudando a mudar o clima, a mudar o nosso mundo e estamos tentando
trabalhar de acordo. Uma das nossas prioridades não é somente ecologia ou justiça
ambiental, mas também o impacto do nosso estilo de vida, do jeito que nós vivemos
no mundo. Como franciscanos, queremos dizer que temos que fazer algo. Não sei o que
vai sair do processo oficial, porque são tantos interesses diferentes. Agora, o que
eu acho importante é que nós temos uma voz que poderia ser muito forte se a gente
a usasse nas nossas paróquias, nas nossas escolas. Não somente a voz franciscana.
Neste sentido, eu não estou apostando no processo em Durban, eu espero que saia alguma
coisa boa, mas não é lá que eu estou apostando, mas no processo que estamos tentando
promover que inclui também o processo oficial."
Fr. Rozansky fala também da
política ambiental do seu país, os Estados Unidos, e da herança de São Francisco.
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