(28/11/2011) A CIDSE, rede internacional de agências católicas de desenvolvimento,
lançou um apelo em favor de maior “justiça climática”, assinalando o início da cimeira
da Convenção das Nações Unidas sobre estas questões, em Durban, África do Sul. Em
comunicado, as organizações sublinham que, na primeira cimeira do clima que decorre
em solo africano, “os Governos devem assumir a sua responsabilidade em relação à humanidade”,
especialmente para com “os mais pobres e as comunidades que mais sofrem”, fazendo
com que “a solidariedade prevaleça”. Os trabalhos da Convenção da ONU sobre as
alterações climáticas e o protocolo de Quioto arrancaram esta segunda feira, em Durban. Os
prazos estipulados no protocolo de Quioto estabelecem que 37 países industrializados
reduzam até 2012 em pelo menos 5% os níveis das emissões de carbono que registaram
em 1990. As 16 organizações católicas de desenvolvimento da Europa e da América
do Norte - nas quais se inclui a Fundação Fé e Cooperação (FEC), de Portugal – esperam
apoio ao prolongamento do protocolo de Quioto até 2015, por considerarem que este
é o único “enquadramento legal vinculante que pode gerar os cortes de emissões de
que o nosso planeta precisa”, limitando os gases com efeito de estufa em, pelo menos,
40% até 2020. Para a CIDSE, todos os países com grandes emissões devem chegar a
um acordo global nos próximos quatro anos, “suportando os maiores custos, enquanto
poluidores históricos”. O chamado “fundo verde”, destinado a ajudar os países em
desenvolvimento a enfrentar as alterações climáticas, é outra das preocupações da
rede católica. 183 países participam na 17ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro
da ONU para as Alterações Climáticas, que termina a 9 de dezembro.