Genebra (RV) - O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) fez um apelo aos Governos
do mundo para que enfrentem de maneira decisiva e com medidas eficazes a questão das
mudanças climáticas.
A conferência sobre o clima promovida pelas Nações Unidas,
em Durban, na África do Sul, que terá início na segunda-feira, 28, amanhã, e prossegue
até 9 de dezembro próximo, "é a maneira justa para agir com responsabilidade em favor
da justiça e do respeito pelo meio ambiente" – destacou o Secretário-Geral do CMI,
Pastor Olav Fykse Tveit, no jornal da Santa Sé L'Osservatore Romano.
"Um tema
urgente que não pode ser adiado, sintoma de uma crise moral e espiritual. Desde os
anos setenta, do século passado, o Conselho Mundial de Igrejas apoiou a construção
de comunidades ecologicamente sustentáveis. Isso é ainda hoje mais atual, pois se
tornou indispensável construir um futuro constituído de baixas emissões de gases poluentes"
– frisou ele.
O Pastor Tveit ressaltou o que aconteceu nas Ilhas Samoa, em
setembro passado, parte esta do mundo ameaçada pelo aumento das águas do Oceano Pacífico,
conseqüência das mudanças climáticas global. Ele frisou que as Igrejas da região estão
prontas para responder a esse desafio.
As últimas conferências internacionais
sobre o clima, a realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2009, e em Cancún, no México,
em 2010, não obtiveram bons resultados.
A conferência que terá início, amanhã,
em Durban, corre o risco de se tornar a última oportunidade para a comunidade internacional
enfrentar de maneira responsável o problema das mudanças climáticas, através da aplicação
de um segundo período de compromissos do Protocolo de Kyoto e a adoção de medidas
previstas pelo Green Climate Fund em defesa das áreas mais vulneráveis. (MJ)