2011-11-24 15:45:08

Sacerdote psicanalista comenta a Teoria de Gênero para a Igreja


Cidade do Vaticano (RV) – Bispos responsáveis pela pastoral da saúde vindos de diferentes países encontraram-se quarta-feira no Vaticano. No centro das suas preocupações, a Teoria de Gênero, matéria que, para a Igreja, expõe uma problemática moral e de saúde pública. A Rádio Vaticano entrevistou o sacerdote e psicanalista Tony Anatrella, participante do encontro, que explicou a Teoria.

Segundo Pe. Tony, “a Teoria inspirou um certo número de leis que transformam as condições de vida, mudam o sentido da família, das relações entre homens e mulheres, das relações entre pais e filhos e influenciam no modo como entendemos a sexualidade humana e a procriação”.

Sobre a base dessa proposta de interpretação da relações de gênero, explicou que “o princípio que presidiu essa nova concepção das coisas é a igualdade de todos diante da lei para evitar qualquer discriminação. “E para chegar a esse fim – disse ele -, é preciso reconsiderar a sexualidade, não somente pelo aspecto biológico, mas por uma outra concepção, na qual se aceita o corpo biológico que marca o sexo masculino e o feminino, mas estes são vistos como sendo somente um aspecto como qualquer outro do corpo, como o nariz, o pé etc”.

Ressaltou também o aspecto da existência do masculino e do feminino, “que representam uma concepção social do modelo do homem e da mulher construídos pela cultura e pela sociedade”, referindo-se ao que chamou de “sexo social, constituído por uma parte psicológica e uma social”.

Sobre os riscos de se ignorar essas questões, destacou o de “isolar a mulher da relação com o homem, como se fosse a mulher que devesse suportar e decidir tudo em matéria de procriação.” Destacou também “problemas psicológicos de identidade e a desumanização da sexualidade humana”.

O sacerdote faz uma crítica aberta ao que denomina “colonialismo ocidental sobre a Ásia e a África imposto por agências da Onu”. Segundo ele, “a maior parte da chanceleria europeia e das agencias como Unesco e OMS propõe financiamento para saúde e educação, mas só na medida em que seja aplicado o que esta previsto nas convenções, isso sabendo que muitas das escolas e dos hospitais são administrados pela Igreja”. (ED)








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