O terrorismo nas redes sociais é abordado em conferência na França
Cidade do Vaticano
(RV) – No âmbito da conferência “Rússia e Europa: questões acerca do jornalismo
contemporâneo internacional”, que termina nesta sexta-feira em Paris, a questão do
terrorismo nos meios de comunicação foi discutida por autoridades e especialistas
de todo o mundo.
Para o professor do Instituto Superior de Ciências Sociais
da Universidade de Lisboa, Heitor Romana, é difícil prever quais serão as novas investidas
dos grupos terroristas nos meios de comunicação e fala de um paradigma.
“Os
mecanismos que permitem a liberdade de expressão são os mesmos que são adotados por
aqueles grupos que querem exatamente contrariar esses princípios basilares da civilização
ocidental”, adverte Romana.
Sobre a atuação das redes terroristas, como por
exemplo a Al-Qaida, nas redes sociais, o deputado português João Soares não acredita
que possa ser uma ameaça real.
“Não creio que, à sua escala, as redes sociais
tenham contribuído mais do que as redes de comunicação tradicionais que existiam há
algumas dezenas de anos, mesmo aquelas que existiam há pouco mais de um século quando
o terrorismo teve um significativo aparecimento na Europa e no mundo. Todas as coisas
estão à escala da importância que elas têm no momento em que a questão se coloca.
Portanto, não creio que as redes sociais constituam um perigo adicional em relação
ao que já existia”.