Mudanças climáticas: cristãos consideram encontro de Durban fundamental
Genebra (RV) - Considerando a mudança climática como "crise moral e espiritual",
o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) afirma que o encontro da ONU a partir da próxima
segunda-feira, na África do Sul, é a última oportunidade para a comunidade internacional
tomar as rédeas frente ao problema.
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças
Climáticas (COP 17) se realizará de 28 de novembro a 10 de dezembro, em Durban, África
do Sul. O Secretário-Geral do CMI, Rev. Olav Fykse Tveit, pede aos participantes resultados
concretos e apoio aos interesses das comunidades vulneráveis afetadas pelas mudanças
climáticas.
"Desde o início dos anos 70, o CMI defende para a construção de
comunidades sustentáveis. Isto é ainda mais relevante hoje, quando se tornou- imperativo
construir um futuro com recursos renováveis", escreve Tveit.
"A Igreja é testemunha
de como a mudança climática está afetando a vida e o habitat de inteiras sociedades,
assim como a terra criada por Deus. Os direitos dos povos estão ameaçados, os ambientes
são destruídos, toda a criação está gemendo ", acrescenta.
Em Durban, Tveit
espera das Igrejas e de outros ativistas uma forte contribuição motivada pela fé.
Ele diz: "Desta vez, em Durban, comunidades religiosas, especialmente da África, vieram
juntos para afirmar que a mudança climática é também uma crise moral e espiritual.
Proclamamos juntos: Temos fé. Agir agora pela justiça climática". (BF)