2011-11-21 15:25:20

Peru: Igreja mediadora entre Empresas e comunidade


Lima (RV) - A atividade de mineração e o desenvolvimento local no Peru devem ser sustentáveis e as autoridades regionais e locais devem continuar a dialogar com o Estado, empresas e comunidade sobre o desenvolvimento das suas regiões. Foi o que disse o bispo emérito de Chimbote e ex-Presidente da Conferências Episcopal Peruana, Dom Luis Bambarén. Em diversas áreas do Peru, - refere a agência Fides -, verificam-se conflitos sociais entre a população das comunidades e as grandes empresas que trabalham no campo da mineração.

Entre os motivos de tensão, as greves dos trabalhadores explorados, a falta de respeito pelas áreas agrícolas e a ausência total de informações quando se inicia uma grande obra de mineração. O novo governo do presidente Ollanta Humala considera a extração de minério um fator muito importante para a economia do país e insistiu sobre a possibilidade de harmonizar a atividade de extração com a agricultura e o respeito pelo meio ambiente.

Também a Igreja Católica considera esse um assunto de fundamental importância para a convivência social das comunidades, tanto que Dom Bambarén, numa entrevista concedida à Rádio Nacional, afirmou que “as autoridades regionais devem contribuir para um diálogo aberto, e não permaneceram fechadas”, enquanto só o diálogo “franco e paciente” pode abrir as portas a um novo tipo de minas, que assumam o compromisso da responsabilidade social e do respeito pelo meio ambiente, em favor do desenvolvimento regional e nacional. Esse seria um modo novo de conceber a extração de minérios, que deveria ser explicada ao povo “com uma linguagem popular e através de um diálogo paciente e franco, não suscitando falsas expectativas”, disse o bispo.

As autoridades regionais devem fornecer informações adequadas ao povo sobre o tratamento das águas, sobre novos compromissos das companhias de mineração e sobre a proteção social que isso comporta para as suas comunidades. Para resolver os conflitos sociais cada um deve estar “predisposto ao diálogo, ser aberto à dar respostas, dar tempo ao executivo para realizar ações”.

Enfim, Dom Bambarén reafirmou a vontade da igreja de participar como mediadora de diálogo para a resolução dos conflitos sociais. (SP)








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