O Papa no Benim:o empenho de toda a Africa para um novo Pentecostes.
(20/11/2011) 00:03:52:77 “África, pulmão espiritual da África”. O entusiasmo
com que milhares de fiéis benineses e doutros países da África participaram nos diversos
momentos desta visita de Bento XVI é prova de que este continente constitui realmente
um balão de oxigénio para um mundo necessitado de nova evangelização. O símbolo desta
viagem - a África em forma duma pomba (azulada) pronta a levantar voo, com a cruz
de Cristo no meio - mostra que a África está prestes a descolar e que a Igreja quer
ser um motor importante, indispensável, para esse voo. África, levanta-te e caminha!
Foi a mensagem final do Sínodo sobre reconciliação justiça e Paz, cujo documento final,
“Africae Munus” o Papa entregou hoje aos bispos, no Estádio da Amizade, na presença
dumas 80 mil pessoas, entre as quais 1500 padres e 180 bispos. O Papa está, agora
para deixar o Benin, mas atrás dele fica o empenho de toda a África para um novo Pentecostes,
em que sem medo da modernidade e sem quebrar a ponte com o passado – recomendou -
a África deve saber unir fé e razão, colher o que de positivo tem em si e pode encontrar
noutros povos para construir o futuro. Um futuro simbolizado nas criancinhas que o
Papa quis encontrar desta vez. Pela voz da pequena Aicha recebeu o agradecimento
de todas as crianças da África, do mundo - que por diversas razões não gozam duma
infância feliz. Obrigado pela fé, pela educação, pela saúde que a Igreja procura dar
às crianças – disse a pequena Aicha, que trazia um volumoso lenço azul, quase do tamanho
da África. Azul, cor das vestes de Nossa Senhora, da serenidade, da verdade, da lealdade,
da frescura… Essa frescura de que as crianças necessitam e que todos, mas sobretudo
os responsáveis sociais e políticos da África estão chamados a garantir. Em Angola
como no Benin, Bento XVI não se cansa de apelar a uma melhor distribuição dos recursos
deste continente, que devem servir para que todos tenham uma vida realmente digna.
Neste Benin, exemplo de convivência pacífica de várias povos e religiões o Papa
não transcurou a dimensão do dialogo ecuménico e inter-religioso, demonstrando grande
respeito pelas tradições africanas. A sua visita conclui-se sob um sentimento de
positividade. Para assistir à missa desta manhã, muitas pessoas foram ao Estádio
da Amizade, de madrugada. O Céu inicialmente coberto, acabou por deixar ver a lua
que ia dando lugar ao nascer do sol. Uma aurora prometedora nesta África sedenta de
paz, de reconciliação, da nova esperança que o Papa veio lhe trazer, e que os tempos
dirão se soube realmente fazer dela um grande tesouro. A enviada da Rádio Vaticano
Dulce Araujo