Ás crianças do Benim o Papa fala da Eucaristia e da oração
(19/11/2011) Após a deslocação a Ouidah, onde teve lugar a assinatura da exortação
apostólica pós-sinodal Africae munus , esta tarde o Papa regressou a Cotonou deslocando-se
a uma casa das Missionárias da Caridade, congregação religiosa fundada pela beata
Madre Teresa de Calcutá, o lar ‘Paz e alegria’ que acolhe crianças abandonadas, órfãs
e doentes, muitas delas com SIDA. No final da breve visita,, através de uma entrada
lateral as crianças do lar acompanharam o Papa para o interior da paroquia de Santa
Rita, onde já se encontravam reunidas outras crianças da cidade com os seus acompanhantes. As
palavras dirigidas às centenas de crianças reunidas na igreja paroquial de Santa Rita,
de Cotonou, tiveram o sabor de uma conversa familiar à volta de dois pontos centrais
da fé e da vida cristã: a Eucaristia e a oração. Recordando que o dia da primeira
Comunhão ficou para sempre recordado como um dos mais belos da sua vida, o Papa Ratzinger
insistiu na presença de Jesus para quem o recebe na sagrada comunhão. Há pois que
acolhê-lo com amor, falar-lhe com simplicidade e confiança, escutá-lo com atenção.
Bento XVI sugeriu às crianças do Benim que não hesitem em falar de Jesus aos outros.
“Ele é um tesouro que é preciso saber partilhar com generosidade. Na história da Igreja,
o amor de Jesus encheu de coragem e força muitos cristãos, incluindo crianças como
vós”. Finalmente, um convite a imitar Jesus também na oração de intimidade com
Deus Pai: “Como Jesus, também eu posso encontrar cada dia um lugar calmo onde me recolho
diante duma cruz ou duma imagem sacra para falar a Jesus e escuta-lo. Posso também
servir-me do Evangelho. Depois guardo no meu coração uma passagem que me toca e me
pode orientar durante o dia”. A concluir, e ainda a propósito da oração, Bento
XVI tirou do bolso um terço e mostrou-o às crianças como “uma espécie de instrumento
que se pode usar para rezar”. “Rezar o terço é simples – assegurou o Papa, propondo
que peçam aos pais como se faz, se ainda o não sabem. E prometeu que no final do encontro
cada um iria receber um terço como presente: “Com ele na mão, podereis rezar pelo
Papa, pela Igreja e por todas as intenções importantes. O encontro concluiu-se
com a recitação conjunta de uma Ave Maria, “pelo mundo inteiro, especialmente por
aqueles que sofrem por causa da doença, da fome e da guerra”. (discurso integral
em Viagens Apostolicas)