Benin: Bento XVI, na Catedral de Cotonou, falou sobre a misericórdia divina
Cotonou (RV) - O Papa Bento XVI já está em Cotonou, capital de Benin, para
a sua 22ª visita apostólica. Hoje à tarde, foi visitar a Catedral Nossa Senhora da
Misericórdia. Primeiramente o Santo Padre foi acolhido pelo Reitor e prestou homenagem
ao Santíssimo Sacramento. Presentes também os Bispos de Benin, os Bispos hóspedes
e centenas de fiéis.
“O antigo hino do Te Deum, que acabámos de cantar – disse
o Papa dando início ao seu discurso -, exprime o nosso louvor a Deus, três vezes santo,
que nos reúne nesta bela Catedral de Nossa Senhora da Misericórdia. Agradecidos, rendemos
homenagem aos Arcebispos anteriores, que aqui repousam: D. Christophe Adimou e D.
Isidore de Sousa.” De fato, Bento XVI rendeu homenagem diante dos túmulos dos dois
Arcebispos, que ele descreveu como sendo “valorosos trabalhadores na Vinha do Senhor,
cuja memória continua ainda viva no coração dos católicos e de numerosos habitantes
do Benin”.
O Santo Padre convidou então os presentes a meditar sobre a misericórdia
divina: “a história da salvação, que culmina na encarnação de Jesus e tem o seu pleno
cumprimento no mistério pascal, é uma revelação esplêndida da misericórdia de Deus.
No Filho, torna-Se visível «o Pai das misericórdias» (2 Cor 1, 3), que, sempre fiel
à sua paternidade, «é capaz de debruçar-se sobre todos os filhos pródigos, sobre qualquer
miséria humana e, especialmente, sobre toda a miséria moral, sobre o pecado» (JOÃO
PAULO II, Enc. Dives in misericordia, 6).”
Desenvolvendo o tema, o Pontífice
destacou que “a misericórdia divina não consiste apenas na remissão dos nossos pecados,
mas também no fato de Deus, nosso Pai, nos reconduzir – por vezes com sofrimento,
aflição e temor da nossa parte – ao caminho da verdade e da luz, porque não quer que
nos percamos (cf. Mt 18, 14; Jo 3, 16). Esta dupla manifestação da misericórdia divina
mostra como Deus é fiel à aliança selada com cada cristão no Batismo”.
Citando
o exemplo de Maria, ressaltou como ela “experimentou, no seu grau mais excelso, o
mistério do amor divino. (…) Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho que,
entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada»
(CONC. ECUM. VAT. II, Const. Lumen gentium, 62)”.
Encerrando seu discurso,
o Papa dedicou então à Virgem, o “Salve Rainha” e concedeu a todos a sua bênção. (ED)