2011-11-17 13:16:20

Venezuela: comunicado dos bispos sobre pílula do dia seguinte


Caracas (RV) - A Comissão Episcopal de Família e Infância do Episcopado da Venezuela divulgou na segunda-feira um comunicado no qual recorda o efeito abortivo da pílula do dia seguinte e repudia a propaganda televisiva deste fármaco contrário às leis nacionais. No texto enviado ao grupo ACI pelo diretor da comissão, Padre Antonio J. Velásquez, os prelados explicam que a pílula do dia seguinte tem um composto (levonorgestrel) que impede a nidificação do óvulo fecundado ou embrião, e que produz “um aborto químico precoce”.

O aborto, recordam, é “a eliminação deliberada e direta (...) de um ser humano na fase inicial da existência, que vai desde a concepção até o nascimento”. Portanto, precisam os bispos, “o uso de meios de intercepção é uma modalidade de aborto, que na legislação venezuelana é sancionado como delito pelo Código Penal, e é, além disso, gravemente imoral”.

O comunicado se refere a um comercial de TV, criticado pela jornalista María Denisse Fanianos de Capriles em sua coluna do jornal El Universal, assinalando que “a promoção deste fármaco deixa aberta a idéia de que é lícito ter relações sexuais seguras sem perigo de procriação, ao oferecer a possibilidade de eliminar a vida de um ser humano já concebido”. “Isso é inadmissível do ponto de vista moral e legal, pois todo ser humano, desde o momento que tem início a sua existência com a gravidez da mulher na concepção, possui uma dignidade e o direito de que a sua vida seja garantida e respeitada pelo Estado, pela sociedade, e pela família”.

O texto adverte ainda que “a promoção do fármaco anticoncepcional não informa das graves consequências e os efeitos éticos, psicológicos e emocionais que sobrevirão às jovens quando tomarem consciência de ter provocado o aborto de seus próprios filhos”. Em seguida explicam que os jovens e adolescentes necessitam de uma reta educação na sexualidade, começando pelos pais e seguindo pelas escolas e o Estado, que deve comprometer-se neste tema e “tomar as rédeas em tão delicada situação”.

Finalmente os bispos assinalam que “este alerta não é uma questão de religião nem de ideologias, mas é o chamado ao respeito do primeiro e principal de todos os direitos humanos, como é o direito à vida, a qual exige ser respeitada e promovida desde o momento do início de sua existência com a concepção”. (SP)








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