Franciscanos denunciam violação dos direitos humanos na Papua Indonésia

Jacarta (RV) - Os franciscanos denunciam as violações dos direitos humanos na Papua Indonésia.

Segundo um relatório apresentado, em Genebra, na Suíça, por três organizações não governamentais, "Franciscans International" (Ong da família franciscana), "Faith Based Network on West Papua' (Fbn) e "Asian Human Rights Commission" (Ahrc), na Papua Indonésia são perpetradas graves violações contra os direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e contra a liberdade de expressão.

O relatório enviado à Agência Fides chama a atenção da comunidade internacional e da ONU para a atual repressão militar em andamento na Papua Indonésia (ex-Irian Jaya), onde o exército indonésio agiu contra os participantes do Congresso do Povo da Papua, prendendo mais de 300 pessoas. O documento descreve os abusos perpetrados na Papua Indonésia e tem como objetivo conscientizar sobre a situação dos direitos humanos na Papua e contribuir na criação de uma terra de paz.

O texto ressalta as dificuldades encontradas na sociedade civil e pelos ativistas que defendem os direitos humanos na Papua Indonésia, vítimas de ameaças e detenções arbitrárias com acusação de traição. O relatório denuncia a política adotada pelo Governo indonésio a fim de limitar e colocar em risco o trabalho das organizações internacionais para os direitos humanos que trabalham na Papua Indonésia, além de negar o acesso aos meios de comunicação internacionais através da manipulação da burocracia. Algumas organizações foram obrigadas a se retirar da Papua Indonésia como a Comissão Internacional da Cruz Vermelha (Cicr) e a "Peace Brigades International" (Pbi).

O Governo indonésio declara que a tutela dos direitos humanos é uma prioridade nacional, mas a ONG "Franciscans International" responde que as declarações políticas não são suficientes para combater as violações dos direitos humanos na Papua, pois a realidade mostra um clima de terror que prevalece na população local.

As três ONGs convidam o Governo indonésio a libertar imediatamente todos os prisioneiros políticos, acabar com as ameaças, moléstias e violências físicas contra os defensores dos direitos humanos, jornalistas e líderes religiosos na Papua Indonésia e iniciar um autêntico diálogo com a comunidade local e internacional em favor da paz nessa província indonésia. (MJ)