2011-11-16 19:39:27

Chifre da África: agora são as chuvas que castigam a região


Nairóbi (RV) – Passado mais de um mês do sequestro de três agentes humanitários no maior campo de refugiados do mundo, o Dadaab, no Quênia, a insegurança continua a impor obstáculos para as operações humanitárias. Estas que agora tem um problema a mais para enfrentar, que são as chuvas e as consequentes epidemias que estão atingindo os refugiados.

Foi necessário recrutar mais 100 agentes policias para fazer a segurança no campo. Além da violência, há agora de se combater um outro inimigo, o cólera. Suspeita-se que a doença tenha entrado no campo através de pessoas recém-chegadas, que a teriam contraído ao longo do caminho até Dadaab. Chuvas e alagamentos estão piorando a situação, pois dificultam a chegada, em alguns pontos do campo, dos caminhões que transportam a água potável. Isso poderia levar as pessoas a usarem as águas contaminadas dos alagamentos.

Até o momento foram registrados 60 casos de cólera, com uma morte. O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Unhcr) estabeleceu centros de tratamento para os casos mais graves. Os demais recebem soluções hidratantes a serem administradas pelos próprios pacientes. Além disso, junto com o alimento distribuído a cada mês, está sendo distribuído sabão, para incentivar a higiene.

Já na Etiópia, dois campos de refugiados, Kobe e Hilaweyn, registraram altas taxas de desnutrição entre crianças com menos de cinco anos. Contudo, o número de mortes nessa faixa etária diminuiu muito em relação aos meses de auge da seca na região. A Agência atribui essa melhora ao maior acesso aos tratamentos médicos e nutrição de qualidade, bem como aos sistemas de distribuição de água e condições e higiene. (ED)








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