África no coração da Igreja: na próxima sexta-feira, Papa chega ao Benin
Cidade do Vaticano (RV) - Na próxima sexta-feira, Bento XVI irá à República
do Benin por ocasião da assinatura da Exortação Apostólica Pós-Sinodal Africae Munus
e pelos 150 anos de evangelização desse país.
Trata-se da 22ª viagem apostólica
internacional do Papa e uma das etapas dessa visita será o seminário de Ouidah, onde
o pontífice visitará a sepultura do Cardeal Bernardin Gantin, figura história para
o Benin e para toda a África.
Numa entrevista realizada pela nossa emissora,
o responsável da comunidade dos Frades Menores Capuchinhos de Ouidah, Frei Damiano
Angelucci, fala sobre os 24 anos de presença da ordem no Benin, colaborando com a
Igreja local na evangelização e no trabalho com as crianças abandonadas.
O
frei ressalta que o Benin é um país muito pobre, mas que possui um grande recurso:
a paz. "O Benin não sabe o que é guerra há quase um século. Não obstante a falta de
recursos naturais, o país investe na paz, extraordinário recurso que abre ao país
o caminho do desenvolvimento e uma visibilidade internacional como estabilizador".
Comentando
a Exortação Apostólica que fala de justiça, unidade e família, o sacerdote ressalta
que "o problema crucial da reconciliação, da justiça e da paz nasce de uma estrutura
social que depende de uma família estável. Parece-me que todos os problemas sociais,
espirituais e humanos giram em torno de um problema enorme que é a instabilidade total
da família. São muito poucas as famílias unidas, são poucas as famílias estáveis".
"Todas as desagregações, tensões e dificuldades dos fiéis e não crentes nascem
desta instabilidade, dos conflitos que estão no coração e no seio da família. Parece-me,
portanto, que a Exortação Pós-sinodal Africae Munus deverá ser vivida no âmbito da
Pastoral Familiar" – conclui Frei Damiano. (MJ)