Santa Sé pede, na Onu, pelo fim das armas de fragmentação
Genebra (RV) – “É inaceitável assistir impotentes à morte de pessoas vítimas
de bombas de fragmentação, como o é o risco de enfraquecer as normas de direito humanitário”.
A afirmação é do Observador Permanente da Santa Sé junto à sede das Nações Unidas
em Genebra, Arcebispo Silvano Maria Tomasi, em seu pronunciamento na 4º Conferência
para a revisão e limitação do uso de algumas armas convencionais consideradas danosas
ou com efeitos discriminatórios.
“A Santa Sé está desiludida com a nova postura
que está sendo formada em relação ao tema da eliminação das bombas de fragmentação”,
disse Dom Tomasi em um tom muito firme, porém recordando os passos positivos já feitos.
Lembrou que nos últimos cinco anos, “a Conferência de Genebra dedicou grande parte
dos esforços, do tempo e dos recursos financeiros para responder os riscos humanitários
causados por essas armas”. Em 2006, recordou ele, “a Santa Sé com outros cinco parceiros
havia apresentado um documento para pedir a adoção de um mandato para um novo protocolo
sobre esse tipo de munição”, o que não foi aceito por um grande número de delegações.
A falta de avanços na área é, para a Santa Sé, um enfraquecimento do Estado
de Direito e, “em uma situação de instabilidade internacional e em um mundo incerto,
o direito internacional humanitário é uma medida de segurança indispensável”. (ED)