Papa aos voluntários católicos europeus: sigam o exemplo de Cristo
Cidade do Vaticano (RV) - Bento XVI recebeu, nesta sexta-feira, no Vaticano,
os participantes do encontro promovido pelo Pontifício Conselho Cor Unum, para os
voluntários católicos europeus, por ocasião Ano Europeu do Voluntariado.
Em
seu discurso, o Papa acentuou a identidade do voluntariado católico que não deve ser
seduzido pelas ideologias que pretendem mudar o mundo. Bento XVI reiterou a importância
do trabalho dos voluntários, na atual crise econômica.
"No momento atual, marcado
por crises e incertezas, o compromisso de vocês é motivo de confiança que mostra como
o bem cresce no meio das dificuldades" – ressaltou o Papa em seu discurso aos voluntários
católicos europeus, expressando sua profunda gratidão pela missão de caridade que
desempenham no mundo. O Santo Padre sublinhou que para os cristãos o trabalho de voluntariado
não é meramente uma expressão de boa vontade: "Esse trabalho é baseado na experiência
pessoal com Cristo. Ele foi o primeiro a servir a humanidade doando livremente sua
vida para o bem de todos. A experiência de amor generoso de Deus nos impulsiona a
adotar o mesmo comportamento para com os irmãos e irmãs."
"E isso, nós experimentamos,
sobretudo na Eucaristia. Somos chamados a servir aos outros com a mesma liberdade
e generosidade. Fazendo assim, tornamo-nos instrumentos visíveis de seu amor num mundo
que busca esse amor no meio da pobreza, da solidão, da exclusão e da ignorância que
vemos ao nosso redor. Certo, o voluntariado católico não pode responder a todas as
necessidades, mas isso não nos desencoraja" – destacou o pontífice.
Segundo
o Papa, o que fazemos para o bem dos necessitados pode ser visto como uma boa semente
que cresce e dá fruto. "Um sinal da presença e do amor de Cristo. Este é o testemunho
que com humildade e convicção vocês oferecem ao mundo. Como cristãos, vocês têm a
tarefa de participar ativamente na vida da sociedade, procurando torná-la sempre mais
humana" – disse ainda Bento XVI.
"O voluntariado como serviço de caridade –
concluiu o Papa - tornou-se um elemento de nossa cultura moderna, universalmente reconhecido.
Todavia, suas origens são vistas na particular atenção cristã em favor da proteção
da dignidade da pessoa humana, criada a imagem e semelhança de Deus". (MJ)