2011-11-09 11:30:06

Egito: marginalização dos cristãos pode transformar "primavera" em "inverno árabe"


Cairo (RV) - Uma delegação de representantes de várias confissões cristãs encontrou nos dias passados, no Cairo, o xeque de al Azhar, Ahmed Al Tayyeb, e o grão-mufti, Ali Gomaa, por ocasião da Festa do Sacrifício, uma das principais festividades islâmicas.

Logo após o encontro, Gomaa disse que "os egípcios estão unidos por um amor sincero e por interesses comuns", que não existem diferenças entre cristãos e muçulmanos, e que o Egito permanecerá a terra da paz e da segurança.

O encontro ocorreu depois de vários membros cristãos alertaram para o risco de uma marginalização cristã no processo de renovação e democratização dos países árabes. E em especial no Egito, onde se aproximam as eleições parlamentares de 28 de novembro, as primeiras depois da demissão do ex-presidente Hosni Mubarak. Mas de acordo com o Bispo copto ortodoxo da diocese de Beba, os cristãos, que representam cerca de 10% da população, "estão vivendo o momento mais difícil dos últimos séculos".

Segundo a União Egípcia dos Direitos Humanos, 100 mil coptas deixaram o país desde o mês de março, emigrando para os Estados Unidos, Canadá, Europa e Austrália. O que, para a revista, pode ser o sinal de um "inverno árabe", afirmando que os cristãos podem contribuir para o processo de democratização do mundo árabe. (BF)







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