2011-11-08 10:36:30

Paquistão:duas mulheres em defesa dos direitos das minorias


Rawalpindi (RV) - Passado um ano da condenação à morte de Asia Bibi – a mulher cristã condenada no Paquistão por blasfêmia em 8 de novembro de 2010 – outras duas mulheres no país asiático assumiram hoje a liderança na defesa dos direitos das minorias religiosas e da promoção da harmonia inter-religiosa. Trata-se – refere a agência Fides – de Christine Amjad-Ali, cristã e de Shehrbano Taseer muçulmana, unidas na mesma missão.

Teóloga, Christine Amjad-Ali é a nova diretora do “Christian Study Centre”, famoso Centro de estudos ecumênico de Rawalpindi. Ao seu lado, trabalha outra mulher cristã, Romana Bashir, que comprometida em várias atividades e programas está encontrando líderes muçulmanos, autóctones e da sociedade civil para desenvolver uma cultura de diálogo voltada ao bem comum.

Já Shehrbano Taseer é filha do governador do Pumjab, Salman Taseer, assassinado por ter defendido Ásia Bibi e por ter criticado a lei sobre a blasfêmia. A mulher, que assumiu a herança paterna, está conduzindo uma campanha de promoção pela tolerância no Paquistão. Apesar das ameaças de morte. Taseer fala publicamente contra as leis discriminatórias que atingem as minorias religiosas e criticou abertamente todos aqueles que glorificam o assassino de seu pai.

Taseer é uma jornalista da edição paquistanesa de “Newsweek” e, apesar dos riscos para a sua incolumidade e para a segurança da sua família, ela combate para promover a liberdade, a dignidade, a justiça e a equidade. A tradição de grande compromisso feminino pelos direitos humanos no Paquistão é testemunhada também por Sherry Rehman, parlamentar muçulmana do Partido Popular Paquistão, e presidente do “Jinnah Institute” de Karachi, organismo que promove a legalidade e o Estado de direito.

O Centro publicou nos meses passados um detalhado relatório intitulado “A questão de fé”, no qual fala de “cristãos perseguidos e minorias sob assédio” e uma nota na qual afirma que Asia Bibi foi condenada à morte por um tribunal “condicionado pelos extremistas islâmicos” e “sem advogado de defesa”. (SP)








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