Situação de refugiados somalis se agrava, denuncia Caritas
Mogadíscio (RV) - Na quarta-feira, 9, as Caritas que atuam com os refugiados
somalis se reunião em Nairóbi, no Quênia, para avaliar e incrementar as atividades
de assistência na região.
De acordo com a responsável pela Caritas da Somália,
Suzanna Tkalec, a situação humanitária permanece trágica nos campos de refugiados
em Dadaab, que fica na fronteira entre Quênia e Somália. Um dos motivos é a ofensiva
militar iniciada pelo governo queniano contra os Shabab, grupo terrorista que atua
na região. Além disso, as chuvas fortes também complicam a assistência aos refugiados.
Segundo
Tkalec, no momento, por causa das operações militares, permanecem em Dadaab o ACNUR
(Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) e as autoridades quenianas,
que são capazes de garantir somente as atividades essenciais: distribuição de comida
e água, assistência médica de base.
A abertura de novos campos foi no momento
suspensa. "Daqui a 2 ou 3 semanas, será possível ter mais informações sobre a segurança
em Dadaab, enquanto os nossos agentes estão no local para ver como retomar as nossas
atividades de assistência, além das atividades que estamos desempenhando", informou
a representa da Caritas Somália à Agência Fides.
Segundo Tkalec, durante uma
reunião com as organizações humanitárias realizada semana passada, os representantes
quenianos afirmaram que o Governo de Nairóbi, junto com o Governo de transição somali,
está procurando criar no sul da Somália áreas protegidas pela Missão da União Africana
na Somália (AMISOM).
"Quando o nível de segurança nestas áreas for suficiente
para garantir as operações humanitárias, o ACNUR e outras ONGs se transferirão para
garantir serviços de assistência em favor da população", acrescentou Tkalec. (BF)