Promover a reconciliação na justiça e na verdade foi o pedido do Papa ao novo Embaixador
da Costa do Marfim junto da Santa Sé
(4/11/2011) Para realizar o bem comum serve rigor, justiça e transparência na gestão
dos assuntos públicos. Afirmou o Papa no discurso ao novo embaixador da Costa do Marfim
junto da Santa Sé recebido no Vaticano para a apresentação das Cartas Credenciais.
A Igreja - acrescentou o Papa – participa com a sua especificidade no esforço de reconstrução.
Não deseja substituir-se ao Estado mas pode dar o seu contributo com as suas instituições
no campo da educação e da saúde. Bento XVI encorajou os responsáveis da Costa
do Marfim a empreender com decisão o caminho de um governo transparente e justo e
pediu ao Príncipe da Paz que guie e sustente o Presidente da Republica Alassane Ouattara
nos seus esforços no sentido de prosseguir no caminho de uma paz duradoira para que
os habitantes da Costa do Marfim possam ter uma vida serena e digna. O Papa disse
que vê com favor a instituição da comissão verdade-dialogo-reconciliação e auspiciou
um trabalho diligente e sobretudo imparcial. E a necessidade de equidistância quando
se considera o passado em função de um futuro mais estável foi salientada pelo Papa
quando tocou um outro ponto critico: a necessidade de a Costa do Marfim vencer a chaga
endémica da corrupção. Toca aos políticos –salientou Bento XVI - envidar todos os
esforços para garantir que da riqueza do pais possam usufruir equamente todos os cidadãos.
O Papa pediu respeito pelos direitos inalienáveis do outro e para a sacralidade
da vida humana bem como pela liberdade religiosa