Salvador, "preservando a criação", com a paróquia de N. S. da Luz
Salvador
(RV) - Os moradores da capital baiana prestigiaram a 17ª Feira de Integração promovida
nos dias 14, 15 e 16 de outubro pela Paróquia Nossa Senhora da Luz, em Pituba.
Com
o tema: “Preserve a criação: sustente essa ideia”, a Feira teve como objetivo conscientizar
a preservação de tudo aquilo que Deus criou. “A Igreja está sempre atenta e preocupada
com as questões que afetam o ser humano. A sustentabilidade é uma necessidade primordial
para a vida do planeta” - garante Frei Rogério Soares, pároco da Nossa Senhora da
Luz.
Todos os materiais recicláveis produzidos durante o evento e o óleo de
cozinha utilizado pelas barracas foram coletados e vendidos para Petrobrás, para servir
como matéria-prima para a produção de biodiesel. Além disso, uma barraca sobre sustentabilidade
fez um trabalho de conscientização através de fotos, informativos, oficinas e vídeos.
A Feira teve ainda atrações artísticas regionais e nacionais, muito lazer, espaço
para as crianças e uma capela para oração.
“Precisamos dar continuidade a
esse serviço social, sabendo que a melhor forma de combater a violência da cidade
é dar dignidade às famílias menos favorecidas. Essa é a nossa missão” - afirma Frei
Rogério, que declarou à RV:
“O bairro da Pituba, onde está a paróquia Nossa
Senhora da Luz, recebe pessoas de várias localidades do país; ela foi um ponto de
encontro para estas pessoas se unirem. Na época, há 17 anos, o padre pensou que uma
Feira pudesse ser um ponto de integração entre as pessoas e a paróquia. E foi o que
aconteceu. Ele começou o evento, pequeno, pois o bairro era pequeno. A Feira foi crescendo,
é uma Feira gastronômica, onde se servem pratos típicos de outros países e regiões
do Brasil. Com o passar do tempo a Feira se tornou grande, e hoje, é a maior Feira
gastronômica de Salvador. Nós, por meio desta Feira, mantemos 17 projetos sociais
incluindo uma creche com 110 crianças, um centro comunitário que abriga estes projetos,
desde à alfabetização, artesanato, serviços odontológicos e jurídicos, cursos para
empregadas domésticas, para inserir pessoas no mercado de trabalho, para cuidadores
de idosos, temos uma gama de atividades. E a Feira continua sendo um lugar de integração,
como o próprio nome diz”.
Frei Rogério explica que a Feira segue o rastro da
Campanha da Fraternidade de 2011, refletindo sobre a questão ecológica e em sintonia
com uma cultura que está se expandindo cada vez mais, em todo o mundo, de respeito
pelo meio ambiente e do lugar em que Deus nos coloca.
“A Campanha da Fraternidade
veio dar um impulso aqui em Salvador e nós abraçamos a ideia. A cidade vinha dando
passos muito lentos em relação à sustentabilidade, à coleta seletiva, a reciclagem,
enquanto São Paulo e Brasília davam passos largos. Agora, nos associamos a algumas
cooperativas e fizemos com que a Feira girasse em torno deste tema. No loção, foram
instalados coletores para a coleta seletiva. 920 voluntários foram preparados e conscientizados
e havia um estande só para conscientizar a população. Recebemos cerca de 10 mil visitantes,
que levaram esta mensagem par suas casas. Vamos continuar durante todo o ano na Igreja
recebendo, captando, material reciclável das famílias e destinando para as cooperativas.
Este é o fruto que colhemos da iniciativa”.
Por trás da iniciativa, há também
um enorme esforço humano:
“Esta Feira começa a ser preparada 7, 8 meses antes
do evento, porque com 920 voluntários, temos uma estrutura muito grande e precisamos
de preparação. Temos muitas expectativas para o ano que vem, “a Feira da maioridade”,
pois completará 18 anos. Quem vier a Salvador em outubro: visitante, turista e fiel,
poderá conhecer a nossa paróquia de Nossa Senhora da Luz e nossos projetos e se coincidir,
participar da Feira da Integração do ano que vem”.
E o melhor de tudo, é que
ao se divertir, as pessoas têm a sensação e a certeza de fazer concretamente o bem.
“Os
voluntários participam com muita satisfação, e dizem: “quando terminamos a Feira de
Integração, saímos transformados”, porque a doação transforma. O serviço de solidariedade
transforma qualquer pessoa e é realmente o que vemos nas famílias e nas pessoas que
se integram: uma transformação visível. A paróquia ganha muito porque temos pessoas
vindas de outros lugares que se engajam cada vez mais e se inserem na comunidade.
Por isso, a paróquia cresce cada vez mais. Temos 7 missas aos domingos, é muito frequentada.
Graças a Deus nós estamos com este projeto de evangelização e queremos continuar esta
missão”. (CM)