2011-11-03 18:34:08

A economia a favor do homem, e não o contrário


La Valletta (RV) – “Hoje, mais que nunca, precisamos colocar a economia a favor do homem, e não o homem a favor da economia”, é o que se lê no documento elaborado pela Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal de Malta. A longa declaração foi publicada depois que o governo do país apresentou um balanço das previsões para 2012.

Subdividido em quatro capítulos, o documento objetiva, em primeiro lugar, dar um rosto ético à esfera da economia e do trabalho. “O problema do trabalho é visto em termos de potencial de crescimento – escrevem os bispos –, mas só vale a pena perseguir o crescimento econômico na medida em que ele contribua para um autêntico desenvolvimento social.”

“Como disse João Paulo II – prossegue o texto -, o trabalho é um dos fatores-chave, se não ‘o fator-chave’, da criação de uma sociedade verdadeiramente humana. Portanto, a Igreja em Malta recorda que o trabalho está ligado à inclusão social, já que um trabalho digno não só permite a participação na economia, mas possibilita a formação de uma família”.

A Comissão ainda sublinha a necessidade de se dar atenção aos mais necessitados, atuando para que se passe de uma cultura de dependência da assistência social do Estado a uma cultura de contribuição. Fica evidenciado, no texto, que “desse modo, teremos pessoas independentes e ativas na participação dos vários campos da vida social. (…) A nível estrutural, a sociedade deve ser baseada não somente em uma justiça distributiva, mas também contributiva”.

Em um momento em que os líderes das 20 principais economias mundiais estão reunidos em Cannes para discutir a economia global, essas são importantes reflexões a serem consideradas. (ED)








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