Palestina admitida como membro de pleno direito da UNESCO
(1/11/2011) A admissão da Palestina na UNESCO afasta as perspectivas de um acordo
de paz, afirmou, esta segunda-feira, o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita,
condenando a "manobra unilateral" dos palestinianos. A Autoridade Palestiniana
foi admitida como membro de pleno direito da Organização das Nações Unidas para a
Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) com 107 votos a favor, 52 abstenções e 14 votos
contra dos Estados membros presentes na votação, em Paris. A admissão na UNESCO
vai permitir aos palestinianos candidatarem vários locais religiosos e culturais a
Património Mundial da Humanidade, alguns dos quais são disputados por Israel. A
votação é uma vitória diplomática para os palestinianos no processo que iniciaram,
em Setembro, para a admissão na ONU como Estado de pleno direito. A organização
cultural foi a primeira agência da ONU a quem os palestinianos pediram para ser membro
de pleno direito desde que o líder palestiniano Mahmoud Abbas entregou um pedido,
na assembleia-geral, para a adesão de um Estado palestiniano à própria ONU. Esta
adesão às Nações Unidas (onde os palestinianos são hoje "entidade observadora") vai
ser votada pelo Conselho de Segurança, e conta com um prometido veto norte-americano.
Estados Unidos, Canadá e Alemanha estão entre os 14 países que votaram contra
a adesão da Palestina à UNESCO. França, Brasil, Rússia, China, Índia, África do Sul
estão entre os 107 votos a favor, a par de quase todos os países árabes, africanos
e latino-americanos. enquanto o Reino Unido, Itália e Portugal se abstiveram num total
de 52.