Agora somos 7 bilhões sobre a Terra: o bebê nasceu na Rússia
Moscou (RV) – Nasceu o anunciado bebê que nos faz somar 7 bilhões de habitantes
sobre a Terra. Contrariando as primeiras previsões que apontavam a Índia, ele veio
ao mundo na Rússia, mais especificamente em Kaliningrado - às margens do Mar Báltico
– e recebeu o nome de Piotr. O bebê nasceu poucos minutos depois da meia-noite
no Centro Perinatal de Kaliningrado. Ele é o terceiro filho da família, sua mãe tem
36 anos e seu nome foi escolhido pelo irmão mais velho.
O Fundo das Nações
Unidas para a População (UNFPA) decidiu entregar o certificado de habitante 7 bilhões
da Terra ao primeiro bebê que nascesse no dia 31 outubro em Kaliningrado. Em 1999,
foi Sarajevo a cidade escolhida pela ONU para receber o habitante de número 6 bilhões
do planeta.
Mas há controvérsias. Outra cidade russa reivindica o posto. As
autoridades da região de Kamtchatka, no extremo oriente da Rússia, declararam que
é seu o habitante número 7 bilhões, nascido à meia noite e 19 (10h19 de domingo no
horário de Brasília) na cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky.
"Nosso país começa
em Kamtchatka, por isso consideramos que nosso bebê é o primeiro nascido na Rússia",
afirmou o governador de Kamtchatka, Vladimir Ilykhin. Além de um certificado expedido
pelas autoridades regionais, os pais de Aleksandr, como chamaram o bebê, receberam
de presente um apartamento.
A respeito do crescimento da população mundial
e das emergências a serem enfrentadas, a Rádio Vaticano entrevistou o Diretor do Departamento
de Estatística da Universidade Bicocca de Milão, Prof. Giancarlo Blangiardo.
Segundo
ele, as mudanças populacionais variam de acordo com a região do mundo, e não só na
quantidade, mas na estrutura. Cita como exemplo a estrutura por idade da população,
muito diferente nos países desenvolvidos e nos em desenvolvimento.
Prof. Blangiardo
explica que a África Subsaariana é a região considerada a mais problemática em termos
de demografia. Contudo, se esse crescimento populacional jovem receber investimento
e for vista como força propulsora e de desenvolvimento social, essa região poderá
decolar rapidamente.
Portanto, o especialista ressaltou que “cada área tem
o seu problema e nós devemos procurar intervir com instrumentos diversos para minimizar
os problemas e maximizar os resultados, nos diversos países e nas diversas regiões
do mundo”.
Também outro aspecto da demografia foi ressaltado, qual seja o envelhecimento
da população europeia, a falta de vitalidade demográfica e o importante papel da imigração
nesse contexto.
“O problema não é o aumento populacional, mas a má distribuição
de renda, dos recursos, dos investimentos, do auxílio a quem deve crescer. Devemos
abandonar as velhas teorias já comprovadamente infundadas e concentrarmo-nos no ser
humano”, destacou o Prof. Blangiardo.
Questionado sobre o que significa investir
no ser humano, ele respondeu: “significa reconhecer às pessoas, aos povos as suas
capacidades em termos de saber fazer e poder fazer as coisas; dar oportunidade, possibilidade,
suporte para que as pessoas possam realizar e contribuir”. (ED)