Povos do Rio Xingu debatem sobre grandes projetos na região
Altamira (RV) - Termina nesta quinta-feira em Altamira o seminário: “Territórios,
ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos
na bacia do Xingu”.
Os participantes do seminário analisarão a conjuntura em
torno de Belo Monte e discutirão respostas e formas de resistência às situações de
risco e impactos geradas pela usina.
Participam do encontro - informa o Conselho
Indigenista Missionário - entre 600 e 800 representantes de populações ameaçadas,
ou já impactadas pela usina: indígenas, ribeirinhos, pescadores, pequenos agricultores,
pessoas de Altamira cujas casas serão inundadas, barqueiros, entre outros.
Além
dos representantes de Altamira e da Bacia do Xingu, participarão indígenas de outras
regiões do Pará, e dos Estados do Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
O encontro
coincide com uma audiência em Washington (EUA), junto à Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos, no dia 26. A CIDH
convocou o governo brasileiro para explicar porque não estão sendo respeitadas as
medidas cautelares, emitidas pelo órgão, em abril deste ano. Nesta segunda-feira,
o governo brasileiro anunciou que não enviará representantes para a reunião.
Em
Altamira, o primeiro dia do seminário será reservado aos debates conjunturais. Haverá
uma mesa com o tema “Impactos dos grandes projetos hidrelétricos na Amazônia: a UHE
Belo Monte e suas conseqüências” pela manhã, e outra, “Violação dos direitos dos povos
da Amazônia: a UHE Belo Monte e suas conseqüências”, à tarde. Os dias 26 e 27 serão
reservados para grupos de discussão e trabalho, e, por fim, a plenária final. (CM)