Roma (RV) - “Virgo digna coelo. Catarina e sua herança” é o título do Congresso
Internacional de estudos sobre Santa Catarina de Siena em programa em Roma e Siena
de 27 a 29 de outubro, por ocasião do 550° aniversário de sua canonização.
O
evento foi apresentado 6ª feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, pelo presidente
do Pontifício Comitê de Ciências Históricas, Padre Bernard Ardura; o curador do Departamento
de Antiguidades Cristãs dos Museus Vaticanos, Dr. Umberto Utro; e o sócio para Itália
e Malta do Mestre da Ordem dos Frades Pregadores, Frei Bernardino Prella.
O
congresso se insere no contexto da celebração do Ano da Fé convocado pelo Santo Padre
e deverá estudar a complexa herança e o quadro histórico no qual viveu a santa de
Sena. Participarão do evento os maiores pesquisadores de Santa Catarina do mundo.
Catarina
de Siena (1347 - 1380) foi a 24ª filha de uma família de comerciantes, com forte sentido
religioso e familiar, próprio do seu tempo. Aos 7 anos de idade Catarina consagrou
a sua virgindade a Cristo e aos 15 ingressou na Ordem Terceira de São Domingos.
Embora
analfabeta, Catarina ditou mais de 300 cartas a papas, reis e líderes, como também
ao povo humilde, defendendo pela unificação da Igreja e a pacificação dos Estados
Papais. Uma das suas obras ditadas, Diálogo sobre a Divina Providência, é um livro
ainda hoje considerado um dos maiores testemunhos do misticismo cristão e uma exposição
clara de suas ideias teológicas e espiritualidade.
Em 1970, o Papa Paulo VI
declarou-a Doutora da Igreja, sendo a única leiga a obter esta distinção. O Papa João
Paulo II declarou-a co-padroeira da Europa, juntamente com Santa Brígida da Suécia
e Santa Teresa Benedita da Cruz. (CM)