2011-10-23 15:19:45

Igreja proclama três novos santos: Papa ressalta o amor a Deus e ao próximo durante a Missa de canonização


Cidade do Vaticano (RV) – Na manhã deste domingo, na Praça São Pedro, Bento XVI presidiu a Missa de canonização de três Beatos. São eles: o Bispo Guido Maria Conforti, o sacerdote Luis Guanella (ambos italianos) e a religiosa Bonifácia Rodriguez de Castro (espanhola).

Deles, o que tem mais ligações com o Brasil é São Luís Guanella, através, principalmente, dos institutos educacionais criados pelas duas congregações por ele fundadas, uma feminina e outra masculina.

Durante a Missa, no início de sua homilia, o Santo Padre recordou que hoje celebramos, com toda a Igreja, o Dia Mundial das Missões, “celebração anual que se propõe a despertar o impulso e o compromisso com a missão”.

E “louvemos ao Senhor pelos três novos Santos”, prosseguiu o Papa, relembrando as palavras do Evangelista Mateus, na passagem em que os fariseus se reuniram para colocar Jesus à prova (cfr 22,34-35) e Ele foi questionado por um doutor da Lei:

"Mestre, na Lei, qual é o maior mandamentos?" (v. 36). Ao que Jesus responde: "Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Esse é o maior e o primeiro mandamento (VV. 37-38)”.

O Papa continua contando que, logo em seguida, Jesus acrescenta algo que, na verdade, não havia sido perguntado pelo doutor da lei: "O segundo (mandamento) é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (v. 39). Sobre esse trecho, o Santo Padre ressaltou que “Jesus dá a entender que a caridade para com o próximo é tão importante quanto o amor a Deus”. E esses três novos Santos, conforme destacou o Pontífice, “deixaram-se transformar pela caridade divina e nela caracterizaram toda a sua existência”. “Em situações diferentes e com carismas diversos – disse -, eles amaram ao Senhor com todo o coração e ao próximo como a si mesmos ‘de modo a se tornarem modelo para todos os fiéis’ (1 Ts 1,7)”.

Bento XVI falou sobre a vida e a dedicação de cada um dos Santos. De São Guido Maria Conforti destacou a confiança com a qual se entregou ao Senhor, sua inspiração em São Francisco Xavier e seus feitos para com os irmãos.

De São Luís Guanella ressaltou “que o seu testemunho humano e espiritual, é para toda a Igreja, um dom particular de graça”. “Durante a sua existência terrena, ele viveu, com coragem e determinação, o Evangelho da Caridade”, disse o Papa, completando: “graças à profunda e contínua união com Cristo, na contemplação de seu amor, Pe. Guanella, conduzido pela Providência divina, tornou-se companheiro e mestre, conforto e alívio dos mais pobres e dos mais necessitados”.

Para descrever Santa Bonifácia, fez analogia com uma passagem da primeira Carta aos Tessalonicenses, “um texto que usa a metáfora do trabalho manual para descrever o trabalho evangelizador”. “A nova Santa se apresenta a nós – disse o Papa - como um modelo completo em que ressoa o trabalho de Deus, um eco que convida suas filhas, as Servas de São José, e também a todos nós, a acolhermos seu testemunho com a alegria do Espírito Santo, sem temer a contrariedade, difundindo em todas as partes a Boa Nova do Reino dos céus.

O Santo Padre ainda acrescentou:

“Encomendamo-nos a sua intercessão, e pedimos a Deus por todos os trabalhadores, sobretudo pelos que desempenham tarefas mais modestas e em ocasiões não suficientemente valorizadas, para que, em meio a seu trabalho diário, descubram a mão amiga de Deus e dêem testemunho de seu amor, transformando seu cansaço em um canto de louvo ao Criador”.

Bento XVI concluiu sua homilia convidando-nos a seguir os exemplos desses três Santos, “a fim de que toda a nossa existência se torne testemunho de autêntico amor a Deus e ao próximo”.

Na seqüência da celebração da Missa de canonização, o Papa, como todos os domingos, conduziu a oração mariana do Angelus. Dirigindo-se aos milhares de fieis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o saudou a todos, "principalmente aos peregrinos presentes para prestar homenagem aos novos Santos, com um pensamento de especial afeto aos membros dos institutos por eles fundados”.

Bento XVI saudou os presentes em diversas línguas, dando prosseguimento à oração do Angelus e a sua benção apostólica. (ED/RL)








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