2011-10-21 09:41:19

Continente africano é o mais atingido pelos efeitos do aquecimento global


Adis Abeba (RV) - Um documento apresentado na I Conferência sobre Mudanças Climáticas e Desenvolvimento na África revela que até 2030, as repercussões econômicas das mudanças climáticas podem custar de 1,5 a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do continente. O encontro de Addis Abeba, iniciado segunda-feira, é organizado pela União Africana, o Banco de Desenvolvimento Africano (Bad) e a Comissão econômica para a África das Nações Unidas. O objetivo é reforçar a posição da África em vista das negociações sobre o clima depois de 2012, quando expira o protocolo de Kyoto.

O continente africano é o mais atingido pelos efeitos do aquecimento global, mas é responsável por apenas 3% dos gases produzidos pelo efeito estufa. O encontro é uma ocasião para uniformizar a voz de todos e obter indenizações dos países mais poluentes. “Para a África, adaptar-se às mudanças climáticas não é uma opção, mas uma obrigação, um grande desafio. É uma questão de sobrevivência para milhões de africanos que vivem em áreas rurais” – disse o Secretário executivo da Comissão econômica para a África das Nações Unidas, Abdoulie Janneh.

Como declararam os peritos na conferência, o setor da pecuária é vulnerável aos efeitos nefastos das mudanças climáticas, sobretudo no norte do continente. Segundo eles, a provável redução dos recursos hídricos e alimentares, associada à perturbação térmica e a epidemias de doenças animais fragiliza o setor da pecuária. (SP)







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