2011-10-21 15:24:17

A instância moral da Santa Sé não está condicionada por interesses políticos ou económicos nem pelas preocupações eleitorais: Bento XVI, ao novo Embaixador dos Países Baixos


(21/10/2011)
O Santo Padre recebeu, nesta sexta-feira de manhã, no Vaticano, o novo Embaixador dos Países Baixos, Joseph Weterings, para a apresentação das Cartas Credenciais. No seu discurso, fazendo notar a especificidade das relações bilaterais existentes entre uma nação (Estado) e a Santa Sé, o Papa recordou que “a Santa Sé não é um poder económico ou militar”. E contudo, como observara na sua saudação o novo Embaixador, “a sua voz moral exerce no mundo considerável influência”. “Entre as razões para tal está precisamente o facto de a instância moral da Santa Sé não estar condicionada pelos interesses políticos ou económicos de um Estado-nação, ou pelas preocupações eleitorais de um partido. A sua contribuição para a diplomacia internacional consiste em grande parte em articular os princípios éticos que devem nortear a ordem social e política, chamando ao mesmo tempo a atenção para as necessidade de atuar para pôr termo às violações desses princípios”.

O ponto de vista da Sé Apostólica é, naturalmente, o da fé cristã, reconheceu o Papa , logo recordando porém que o cristianismo sempre indicou a razão e a natureza como fontes das normas sobre as quais se deve reger o Estado. “Atuando como uma voz dos sem-voz e defendendo os direitos dos indefesos, nomeadamente pobres, doentes, não nascidos, idosos e membros de grupos minoritários que sofrem discriminações injustas, a Igreja procura sempre promover a justiça natural como seu direito e seu dever”.

Mesmo reconhecendo com humildade que os seus membros nem sempre vivem segundo os padrões morais que ela propõe, a Igreja não pode deixar de continuar a exortar as pessoas, incluindo os seus membros, a procurar tudo o que está em sintonia com a justiça e a reta razão, opondo-se a tudo o que lhe é contrário.
Congratulando-se com a afirmação do novo Embaixador holandês, de que o seu governo entende promover a liberdade de religião, Bento XVI recordou quanto esta questão lhe está a peito e fez notar que não são só os constrangimentos legais a ameaçar a liberdade religiosa em certas partes do mundo, mas também a mentalidade anti-religiosa de muitas sociedades.









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