Incêndio destrói sede da Conferência Episcopal do Maláui
Lilongwe (RV) – É de provável origem dolosa o incêndio que destruiu a sede
da Conferência Episcopal do Maláui, na capital Lilongwe. É o que afirma um comunicado
da obra de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre” (AIS), enviado à Agência
Fides. Em 9 de outubro, um incêndio atingiu a sede da Conferência Episcopal do Maláui,
destruindo os escritórios dos bispos e quartos dos sacerdotes. “Um relatório enviado
por Ajuda à Igreja que Sofre de uma fonte no Maláui afirma que a destruição dos escritórios
da Conferência Episcopal faz parte da campanha em andamento para atingir com bombas
caseiras os que criticam o Governo” – afirma o comunicado.
Numa conversa nos
dias passados com AIS, o Secretário-Geral da Conferência Episcopal, Padre George Buley,
não foi capaz de confirmar a origem dolosa do incêndio, mas acrescentou que não pode
ser excluída. Padre Buleya afirmou que o incêndio começou no quarto de um sacerdote
e se propagou para o resto do edifício. No início de setembro, algumas bombas destruíram
os escritórios do Institute for Policy Interaction, dirigido por Rafik Hajat, um dos
maiores críticos do presidente Bingu wa Mutharika.
O Bispo de Mzuzu e Presidente
da Conferência Episcopal do Maláui, Dom Joseph Mukasa Zuza, tem repetidamente criticado
o chefe de Estado por seu comportamento antidemocrático e sua política econômica,
que levou o país ao colapso. Em particular, em 16 de agosto, durante um encontro de
oração pela paz no Maláui promovido pelas principais confissões religiosas no país,
Dom Zuza afirmou que a Presidência “deve parar de sufocar a sociedade civil, a imprensa,
o poder judiciário e a democracia que tanto custou ao país”. (SP)