São Salvador (RV) - Em mensagem difundida através do rádio e da televisão nacionais,
o presidente de El Salvador, Maurício Funes, confirmou que pelo menos 32 pessoas morreram
e mais de 20.000 foram deslocadas em consequência das chuvas que afetam o país há
quase uma semana.
O presidente acrescentou que para o acolhimento dos desalojados
foram criados novos albergues e refúgios, que hoje totalizam 261.
A Igreja
Católica solidarizou com os atingidos, ofereceu toneladas de ajudas humanitárias e
está rezando pelo fim do temporal: “Pedimos a Deus que o mau-tempo cesse” – disse
o arcebispo de São Salvador, Dom José Luis Escobar Alas, em coletiva à imprensa neste
domingo.
Muitos agricultores perderam seus plantios nestas inundações, comparadas
ao fenômeno meteorológico ‘Mitch’, furacão que em 1998 causou um dos piores desastres
da América Central.
O arcebispo considerou “uma pena quando o cultivo da noite
é perdido na manhã seguinte; agora é preciso encontrar verbas e apoio às vítimas com
a solidariedade social”.
A Igreja salvadorenha distribuiu 40 toneladas de
arroz e a mesma quantidade de feijão, 20 toneladas de roupas, 20.000 tubos de pasta
dental, 5 toneladas de açúcar e 100.000 dólares em medicamentos, entre outros gêneros
de ajudas.
Parte desta ajuda foi adquirida pela Igreja com seus próprios meios,
“a preços preferenciais”, e outra foi doada por fundações, empresas e entidades privadas.
O governo salvadorenho pediu ajudas humanitárias internacionais para enfrentar
o desastre. (CM)