Campala (RV) - A região de Karamoja, em Uganda, com frequência é associada
à carência alimentar crônica, à desnutrição e à pobreza. Mas as notícias agora são
melhores. Segundo agências humanitárias, é improvável que a região vá sofrer novas
crises alimentares nos próximos meses.
Segundo as autoridades locais, somente
10% da população da região está potencialmente em risco, apesar da diminuição dos
estoques devida ao atraso da estação de cultivo.
Segundo projeções do Famine
Early Warning Systems Network – entidade que faz o mapeamento da fome no mundo - o
leite continuará a ser uma importante fonte de alimentação para as famílias agricultoras
até o início da estação das secas, associado aos cereais e legumes.
Segundo
especialistas, a situação melhorou consideravelmente nessa região da Uganda em relação
à 2008, quando em Karamoja, devido a uma colheita ruim, mais de um milhão de pessoas
passaram por sérias dificuldades. Atualmente, são 140 mil pessoas precisando de apoio
alimentar, situação controlada pelo Programa Alimentar Mundial (World Food Program).
A
colheita contribui com 25% das necessidades alimentares anuais da população. Contudo,
nem todos concordam que a situação tenha melhorado, pois as péssimas condições de
higiene, de saúde e a pobreza ainda são um problema a ser resolvido.
A região,
com uma população de cerca de um milhão e 200 mil habitantes, tem o mais baixo nível
de desenvolvimento em Uganda. Somente 305 têm acesso à água potável e apenas 11% sabe
ler e escrever. 80% vive em condições de insegurança alimentar, prevalentemente devido
às chuvas inesperadas. (ED)