2011-10-14 11:07:03

Indonésia: difícil momento para os cristãos no país


Jacarta (RV) - Trinta e um ataques contra a comunidade cristã e oito igrejas atingidas somente em Jacarta. É o duro balanço das violências anticristãs na Indonésia que se verificaram no último ano, e divulgado pelo Secretário-geral da Comissão Local Religião e Paz e Presidente do Fórum Cristão das Comunicações de Jacarta, Theophilus Bela.

Bela descreveu à organização Ajuda à Igreja que Sofre, o difícil momento dos católicos na Indonésia que representam apenas 3% dos 228 milhões de habitantes (todas as confissões cristãs somam 11%), diante de uma maioria muçulmana de 86%.

O presidente do Fórum Cristão lançou então o alarme pela radicalização em andamento por vários movimentos islâmicos, cujas ações criminais muitas vezes encontram a passividade das forças da ordem.

“As Igrejas têm necessidade de maior proteção – sublinhou o ativista – e a polícia deveria agir, sobretudo, nas áreas onde ocorrem as violências com mais freqüência”. Muitos líderes religiosos e expoentes da comunidade católica, de fato, criticaram o presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, pela pouca firmeza demonstrada ao punir os extremistas e por ter imposto o fechamento de numerosas igrejas, além do cancelamento de permissões para construções já aprovadas.

Theophilus Bela recordou ainda o ataque suicida de 25 de setembro em uma igreja de Solo (Java Central) no qual perderam a vida 22 pessoas e outras 14 ficaram gravemente feridas. À preocupação de Bela, acrescenta-se a do Bispo de Ruteng, Dom Hubertus Leteng, também ele preocupado pelas ações fundamentalistas: “A tentativa de islamização é visível até mesmo nas ilhas habitadas pela maioria cristã, como a minha, onde entre pouco mais de 700 mil habitantes, cerca de 670 mil são católicos”.

“Temos um ótimo relacionamento com a comunidade islâmica – acrescentou Dom Leteng – mas não podemos aceitar o pedido de ensinar os preceitos do Alcorão nos nossos institutos, somente porque alguns dos inscritos são muçulmanos”. “Na Ilha de Flores, onde se encontra a Cúria, a comunidade cristã conseguiu resistir às tentativas de extremismos, enquanto outras províncias do arquipélago, como as Molucas, sofrem um processo de islamização cada dia mais intenso”, afirmou o bispo. (SP)








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