2011-10-13 13:01:54

Somália: assassinado colaborador do SOS Vilarejo das Crianças


Mogadíscio (RV) - Um colaborador de SOS Vilarejo das Crianças, Ali Shabye, foi assassinado em Mogadíscio. Nos últimos três dias, a rua ao norte da capital somaliana que divide o vilarejo SOS e o Hospital foi teatro de conflitos entre tropas governamentais e o grupo Al Shabab. Por sorte as crianças acolhidas nas casas família tinham sido já transferidas no mês de agosto, por motivos de segurança, para outra área.

A situação no país, sobretudo para os menores, continua dramática. O índice de mortalidade infantil sob os cinco anos na Somália é alarmante: a média, segundo quanto emerge dos dados das Nações Unidas é de 15.43 mortos a cada 10 mil crianças.

Neste dramático cenário, SOS Vilarejo das Crianças continua a apoiar a população de Mogadíscio, onde milhares de pessoas atingidas pela penúria encontram refúgio em mais de 180 campos, apesar da falta de segurança e das fortes restrições. Em Mogadíscio, o Centro Médico no campo de refugiados de Badbado, o Hospital SOS e os Centros de terapia alimentar, distribuíram alimento, cuidados médicos e nutricionais a mais de 11.700 pessoas, das quais mais de 4.800 eram crianças com menos de cinco anos.

Respostas concretas, preciosas para responder às necessidades da população co Chifre da África, chegam em particular também das várias realidades missionárias cristãs. O Bispo de Djibuti e Administrador Apostólico de Mogadíscio exprime satisfação pela “resposta do mundo católico ao apelo lançado pelo Santo Padre para a Somália e aos demais países do Chifre da África”.

O Presidente do Pontifício Conselho “Cor Unum”, Cardeal Robert Sarah, lançou um apelo para ir além da fase de emergência, auspiciando a criação de uma escola em cada vilarejo, para assim dar uma possibilidade de desenvolvimento aos jovens. “Fiquei impressionado pelo apelo do Cardeal Sarah – acrescentou Dom Bertin – também porque antes de vir a Roma tínhamos apenas inaugurado uma escola primária no vilarejo de Itki, norte de Djibuti. A escola foi construída graças a uma doação de uma senhora, que chegou através dos meus co-irmãos franciscanos. A nossa preocupação – explicou o prelado, cujas palavras foram divulgadas pela agência Fides – é ir além da fase de emergência, para que no futuro não se verifiquem crises humanitárias como a que estamos vivendo. Por isso é necessário uma estratégia a longo prazo, que possa prever ajudas ao mundo agrícola e pastoril local para superar as suas fragilidades estruturais que desembocam nessas tragédias. É preciso também rever – conclui Dom Bertin – os mecanismos financeiros internacionais que tornam ainda mais frágeis os países pobres”. (SP)








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