Cidade do Vaticano
(RV) – Os Jardins do Vaticano são lugar de repouso e meditação do Bispo de Roma
desde 1279, quando o Papa Nicolau III mudou a residência papal da colina de Latrão
para a Vaticana. Dentro dos novos muros, que o Papa Nicolau III fez erguer como defesa
da sua residência, foram plantados gramados, o próprio jardim e também um pomar, como
se pode conferir na epígrafe ainda conservada na Sala dos Capitães no Palácio dos
Conservadores, no Capitólio, em Roma.
Este primeiro núcleo dos jardins surgiu
nas imediações da colina de Santo Egídio, onde hoje ficam o Palacete do Belvedere
e o Pátio dos Museus Vaticanos. A área aonde hoje começa a visita aos Jardins Vaticanos
está no lado oposto, na parte mais recente do Estado, na qual foram criados os novos
grandes Jardins que, junto com aqueles do núcleo original, cobrem a metade dos 44
hectares do território do Estado da Cidade do Vaticano.
O heliporto
Continuando
o passeio, imersos no perfume das flores e de madeira das majestosas cânforas, que
estão no Jardim Francês, chega-se ao heliporto construído pelo Papa Paulo VI. De lá
os Papas habitualmente partem do Vaticano para as numerosas Viagens Pastorais, protegidos
pela imagem em bronze de Nossa Senhora Negra de Czestochowa.
Daquele ponto
se pode admirar os Jardins Franceses onde, passeando entre vielas de rocha vermelha,
vasos antigos de terracota com os brasões dos Papas e espetaculares azaléias floridas,
encontram-se árvores imponentes: ao redor da grande cistera subterrânea – que armazena
8 milhões de litros de água para irrigar os Jardins e também para as fontes e necessidades
dos bombeiros – estão uma grande árvore australiana, dois exemplares de sequoias,
uma oliveira doada por Israel em homenagem ao início das relações diplomáticas com
a Santa Sé e diversas outras árvores doadas por delegações que visitaram o Santo Padre.
Por
dentro dos Jardins do Vaticano
Desde setembro, os Jardins do Vaticano voltaram
a receber turistas, num micro-ônibus, por meio de uma iniciativa da Obra Romana de
Peregrinações, instituição ligada à Santa Sé.
Um pequeno veículo amarelo de
28 lugares, movido a gás e pouco poluente, percorre os Jardins do Estado da Cidade
do Vaticano, onde Bento XVI costuma passear à tarde.
Vários locais são consagrados
à Virgem Maria, incluindo uma representação de Nossa Senhora de Lourdes.
O
itinerário, de uma hora, inclui comentários em italiano, inglês, francês, espanhol
e alemão.(RB)