PENA DE MORTE: PRÁTICA DESUMANA QUE VIOLA DIGNIDADE HUMANA
Estrasburgo, 10 out (RV) - Celebra-se nesta segunda-feira, o 9° Dia Mundial
contra a Pena de Morte.
"Comprometo-me a lutar, junto com a União Europeia,
contra essa prática que não tem lugar no mundo de hoje" – frisou a comissária europeia
do comércio externo, Catherine Ashton.
"A abolição da pena de morte no mundo
é um dos principais objetivos da política da União Européia (UE) em matéria de direitos
humanos" – sublinhou Ashton.
"A UE considera a pena capital ilegítima e inútil.
É uma prática desumana que viola a dignidade humana e que não tem um efeito dissuasivo
sobre os crimes violentos" – disse ainda a comissária.
Os 27 países membros
da UE apoiam financeiramente e politicamente as organizações da sociedade civil de
todos os continentes que lutam pela total abolição da pena capital.
Os ativistas
de Anistia Internacional (AI), organização de defesa dos direitos humanos, se mobilizaram
em várias partes do mundo, nesta segunda-feira, pedindo o fim da pena de morte na
Belarus.
"A Belarus é o único país na Europa que ainda reivindica matar pessoas
em nome da justiça", disse a especialista em assuntos de Pena de Morte de Anistia
Internacional, Roseann Rife.
Segundo o organismo, pelo menos 400 pessoas foram
executadas na Belarus desde 1991, mas o número real permanece desconhecido. Os prisioneiros
são informados poucos minutos antes da execução que serão mortos com um tiro na nuca.
"A crueldade da pena de morte na Belarus vai além da fase de execução. As
famílias são informadas semanas ou meses depois e os corpos dos prisioneiros não são
entregues aos familiares que não sabem sequer onde seus entes queridos foram sepultados"
- afirmou Rife.
Em 2010, a Anistia Internacional denunciou milhares de execuções
em 23 países. No final do ano passado, os condenados à morte em todo o mundo eram
pelo menos 17.800. (MJ)