ESTUDO MOSTRA QUE BRASIL COLABORA COM DESENVOLVIMENTO AFRICANO
Nova York, 10 out (RV) - O continente africano teve um progresso lento desde
a década de 1990 no que se refere ao cumprimento das Metas do Milênio. A afirmação
é parte do relatório “Avaliando os Progressos na África Sobre os Objetivos do Milênio”.
O
número de africanos que passam fome caiu de 25,3% para 21,7% entre 1990 e 2010. A
exceção é o norte do continente que ainda enfrenta crises.
Países emergentes
como Brasil, Índia e China foram citados no relatório como parceiros para o desenvolvimento
africano.
Entre 1991 e 2008, Moçambique aumentou em 25% o número de crianças
matriculadas em escolas. A Cooperação Sul-Sul é um dos canais para a colaboração bilateral.
O
comércio, por exemplo, aumentou de meio trilhão de dólares em 1990 para quase três
trilhões em 2008, equivalentes a cerca de 5 trilhões de reais. O número representa
19 % do comércio global. Contudo, segundo o relatório, muitos países africanos falharam
em maximizar os ganhos para melhorar sua balança comercial.
Entre os países
africanos de língua portuguesa, Angola figura entre os que conseguiram reduzir a mortalidade
infantil em mais de um quarto, entre 1990 e 2009.
O economista-chefe do Escritório
Regional para África do Programa da ONU para o Desenvolvimento Pnud, Pedro Conceição,
disse, em entrevista à Rádio ONU que “é importante que haja recursos financeiros,
mas estes, por si só, não chegam. É preciso que haja também a reconstrução de infraestruturas,
instituições e que se treinem os recursos humanos necessários para que haja enfermeiras,
enfermeiros, médicos e médicas nos centros de saúde e nos hospitais”. (ONU)