Campanha, 09 out (RV) - Neste final de semana vamos refletir acerca do convite
para as núpcias. O texto de Mt 22, 1-14 fala de uma festa. Um rei que organiza as
bodas de seu filho. Ocorre que os convidados não desejam ir e este é o primeiro inconveniente.
Desprezam a festa nupcial preparada pelo rei. Tanto que o rei decide buscar outros
convidados e estes chegam. As outras pessoas não desprezam um banquete e nem uma festa.
Trata-se da expressão de alegria e de satisfação, de abundância e de plenitude. O
que nos surpreende é a última atitude do rei. Por que expulsa o convidado que se esqueceu
de levar o traje apropriado?
O texto é o relato de uma parábola de Jesus. Acreditamos
que o rei é Deus que convida todos os homens e mulheres para o seu banquete. Entendemos
que estejam ausentes àqueles que não desejaram ir, aqueles que, de maneira explícita,
rejeitaram o convite. Mas, como é possível que Deus expulse alguém? Isso não é contrário
à imagem de Deus Pai, que acolhe a todos e perdoa tudo?
A verdade é que Deus
não lança fora ninguém. Não expulsa ninguém. Somos nós que não entramos verdadeiramente
na festa, excluindo-nos quando ficamos com cara de poucos amigos. Em nossas mãos
está a escolha para participarmos do banquete da vida para o qual Deus nos convida.
Mas precisamos saber nos vestir para esta ocasião. A fraternidade, o sorriso e a justiça
são as roupas que nos adornam e tornam a festa possível, para que não suceda que estraguemos
a festa de Deus e de nossos irmãos.
É preciso que nos preparemos sempre para
o banquete divino, cultivando em nós suficientemente a justiça, a fraternidade, a
misericórdia e a alegria, tanto para nos “vestir” como para partilhar.
Ajudar
o nosso próximo na sua “roupagem” é também uma atitude bastante agradável a Deus.
Despojar de nosso orgulho e vaidade e vestir sempre a roupa da virtude e da graça.
Padre
Wagner Augusto Portugal Vigário Judicial da Diocese da Campanha(MG)