2011-10-07 12:33:22

Prémio Nobel da Paz atribuído a três mulheres africanas: duas liberianas e uma iemenita


O Prémio Nobel da Paz foi, nesta sexta-feira, atribuído em partes iguais a três mulheres africanas ligadas à luta a favor dos Direitos Humanos, duas das quais liberianas e uma de nacionalidade iemenita, anunciou o Comité Nobel norueguês.
Segundo este comité, as liberianas Ellen Johnson-Sirleaf e Leymah Gbowee e a iemenita Tawakkul Karman foram galardoadas com este prémio «pela sua luta não violenta em favor da segurança das mulheres e dos seus direitos de participarem no processo de paz». A liberiana Johnson-Sirleaf, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser eleita presidente em África, ao passo que Gbowee teve um papel fundamental para acabar com a guerra na Libéria.
Por sua vez, a iemenita Tawakkul Karman teve, “nas mais difíceis circunstâncias, antes e durante da Primavera Árabe, um papel de liderança na luta pelos direitos das mulheres e pela democracia e paz no Iémen», acrescentou o Comité Nobel.

«Não podemos chegar à democracia e à paz duradoura no mundo a não ser que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens para influenciar os desenvolvimentos a todos os níveis da sociedade», acrescentou o líder do comité para o Nobel da Paz, Thorbjoern Jagland.

Os responsáveis pela atribuição do Nobel da Paz deste ano tinham diante de si nada menos de 241 organizações e indivíduos candidatos propostos. Nesta lista recorde de candidatos estavam a egípcia Esraa Abdel Fatah e a tunisina Lina Mhenni, que tiveram um papel inspirador nas revoluções árabes através do uso de blogs, Twitter e Facebook.
O Twiiter e a cadeia de televisão al-Jazira faziam parte também da lista, assim como Helmut Kohl e Angela Markel (pelo papel pacificador e unificador na Europa do pós-guerra). Na corrida para o galardão estavam também Sima Sammar, do Afeganistão, e a russa Svetlana Ganuskhina, também elas activistas dos Direitos Humanos.








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